PRR. CDS rebatiza plano de "Relançamento da Recandidatura" de Costa
O líder do CDS-PP afirmou hoje que o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) dos fundos europeus mais parece um plano de "Relançamento da Recandidatura" de António Costa, considerando que tem uma "visão socialista centrada no Estado".
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Política CDS
Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com a Confederação Empresarial de Portugal, Francisco Rodrigues dos Santos acusou ainda o Governo de estar a fazer "propaganda enganosa" sobre os apoios à economia.
"Na minha opinião, este PRR significa um plano de relançamento da recandidatura a primeiro-ministro de António Costa, porque apresenta uma visão socialista centrada no Estado", afirmou.
O líder do CDS-PP considerou que, no PRR, se "desvia uma fatia de leão" das verbas europeias para a administração pública, "em vez de se entregar diretamente" aos pequenos e médios empresários e às famílias, que considerou "as verdadeiras vítimas desta catástrofe pandémica".
"É uma receita socialista já gasta, que atira dinheiro para cima do Estado, mas não resolve os problemas", afirmou, contrapondo com as propostas do CDS, que passam pelo reforço das linhas a fundo de perdido, redução do IRC para 19% ou eliminação dos pagamentos por conta.
Francisco Rodrigues dos Santos acusou, por outro lado, o Governo de andar a fazer "propaganda enganosa" e "mentir aos empresários portugueses" sobre os apoios à economia.
"O dinheiro não está a chegar à economia real, os apoios do Governo são de difícil acesso, insuficientes e tardios", considerou.
O líder do CDS-PP deixou ainda um apelo para que seja dilatado o período de amortecimento das moratórias, sob pena de se estar perante "uma verdadeira bomba-relógio".
"Há 46 mil milhões de euros que as empresas e famílias devem à banca: ou lhes damos estímulos para recuperar até lá, ou haverá um efeito devastador em insolvências e em desemprego", disse.
Desde abril do ano passado que milhares de clientes não estão a pagar os créditos aos bancos, fazendo uso do decreto-lei do Governo que permite moratórias nos empréstimos, criadas como uma ajuda a famílias e empresas penalizadas pela crise económica desencadeada pela pandemia de covid-19.
Em 24 de setembro, o Conselho de Ministros decidiu prolongar por seis meses, até 30 de setembro de 2021, o prazo das moratórias de crédito às famílias e empresas que terminava em 31 de março.
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