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Cristas não se candidata a Lisboa, aponta "discurso contraditório" do CDS

Ex-líder do CDS anunciou esta quarta-feira que não será candidata à Câmara Municipal de Lisboa, através de uma publicação nas redes sociais. Assunção Cristas defende que "não estão reunidas as condições de confiança necessárias para ponderar uma candidatura".

Cristas não se candidata a Lisboa, aponta "discurso contraditório" do CDS

Depois de algumas suposições, Assunção Cristas acorreu esta quarta-feira ao Facebook para desfazer dúvidas, indicando que não será a candidata centrista à Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, apresentando como motivo a falta de "condições de confiança".

"Faço-o em consciência por entender que apesar do apoio das estruturas locais do partido, não estão reunidas as condições de confiança necessárias para ponderar uma candidatura", indicou a ex-líder do CDS.

Assunção Cristas balizou a sua decisão com algumas críticas à atual direção do partido, como a "discordância da estratégia do CDS na negociação de uma coligação alargada" com o PSD para as autárquicas.

A ex-líder centrista enumera, também, um "discurso contraditório da direção do CDS" quando à sua pessoa. "Considera-me simultaneamente responsável pela degradação do partido no último ano e uma boa candidata a Lisboa", apontou, sublinhando, ainda, o "parco interesse" em estabelecer comunicação, "num tempo e numa forma que fica aquém do que a cortesia institucional estima como apropriado".

Recorde-se que Assunção Cristas tinha vindo a ser apontada como uma possível cabeça de lista à Câmara de Lisboa e o presidente do partido chegou a considerar que seria "sem dúvida um nome forte" para esta disputa.

Sobre as autárquicas, Cristas diz-se "convencida de que o espaço político do centro e da direita pode conquistar a Câmara Municipal de Lisboa", mas se conseguidos "um bom programa e uma grande coligação, que junte CDS, PSD, os partidos do espaço político da direita democrática que o desejem, e tenha uma forte presença de independentes".

Na sua opinião, em Lisboa "o critério a adotar deverá ser o resultado das últimas eleições autárquicas", de "acordo com o relacionamento histórico entre o PSD e o CDS".

Lembrando que "foi assim que aconteceu em 1979, quando Nuno Kruz Abecasis se tornou presidente da Câmara de Lisboa", Assunção Cristas lembrou que "em 2017, o CDS teve 20,59%, o melhor resultado da sua história", enquanto "o PSD teve 11,2%".

"O CDS elegeu quatro vereadores, o PSD dois. Se em 1979 a distância que na eleição anterior não chegou a quatro pontos percentuais determinou a liderança do CDS, em 2021 a diferença de quase onze pontos também o deve determinar", vincou.

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