PSD e CDS acusam Governo de falhar na preparação do ensino à distância
O PSD e o CDS-PP acusaram hoje o Governo de ter sido o único a falhar na preparação do ensino a distância, que poderá regressar no 2.º período letivo, afirmando que as escolas se organizaram para isso em setembro.
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Política Ensino
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, a deputada social-democrata Cláudia André e a deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa justificaram os respetivos pedidos de audição ao ministro da Educação com a possibilidade de o 2.º período começar à distância devido à pandemia da covid-19, apesar de os computadores prometidos aos alunos ainda não terem sido entregues.
"Tudo o que foi pedido às escolas, elas corresponderam. Tudo o que foi pedido aos professores, eles corresponderam. A única parte que falta neste puzzle é a do Ministério da Educação", disse Cláudia André.
A peça em falta a que a deputada do PSD se referia é a distribuição de computadores, que ainda não chegaram a todos os alunos para quem estavam previstos.
Hoje, o jornal Público noticiou que o Ministério da Educação tinha comprado 335 mil equipamentos que começariam a ser distribuídos no 2.º período e que, a juntar aos 100 mil já entregues no primeiro período, seriam suficientes para todos os alunos carenciados.
"Convém não esquecer que o que foi prometido a 09 de abril do ano passado era a universalidade, computadores para todos os alunos em setembro", sublinhou Ana Rita Bessa.
Para a deputada centrista, o anúncio de mais computadores parece ser mais um sinal de que "o ministro da Educação muda de ideias em função da pressão mediática que é gerada à volta das suas decisões".
O outro, acrescentou, foi a indicação dada às escolas para prepararem o ensino 'online'.
"No CDS achamos muito difícil explicar este e-mail, porque houve uma resolução do Conselho de Ministros de 20 de julho que pedia às escolas que preparassem para o início do ano letivo três planos, incluindo o ensino a distância", recordou.
E acrescentou: "Ou as escolas não apresentaram esses planos e então o que é que o Ministério da Educação esteve a fazer desde setembro até janeiro, ou sim, apresentaram esses planos e, então, porque é que o Governo as impediu de ensinar".
Na quinta-feira, oprimeiro-ministro, António Costa, anunciou o encerramento das escolas de todos os níveis de ensino durante 15 dias para tentar travar os contágios pelo novo coronavírus.
As aulas foram suspensas eos 15 dias de interrupção serão compensados noutro período de férias.
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