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Livre acusa Marcelo e PS de desvalorização das eleições

O Livre acusou hoje Marcelo Rebelo de Sousa de desvalorizar a campanha eleitoral das presidenciais, acusou o PS de se ter "encostado" à popularidade do Presidente e apelou a uma "resposta clara" da esquerda contra a extrema-direita.

Livre acusa Marcelo e PS de desvalorização das eleições
Notícias ao Minuto

01:02 - 25/01/21 por Lusa

Política Presidenciais

Numa nota enviada às redações, os dirigentes do partido que apoiou a candidatura de Ana Gomes começaram por desejar "um bom mandato" ao Presidente reeleito, Marcelo Rebelo de Sousa.

"Saudamos a coragem de Ana Gomes em avançar para uma candidatura difícil, mas necessária. É necessário afirmar os valores da liberdade e da democracia, é preciso lutar pela sustentabilidade ecológica e pelo europeísmo construtivo, é urgente afirmar a justiça social como desígnio da sociedade portuguesa", sublinharam os membros do partido.

Para o partido da papoila, "a recusa de Marcelo Rebelo de Sousa em participar ativamente na campanha eleitoral contribuiu para que a narrativa destas eleições fosse marcada, em grande medida, pela extrema-direita".

Mas as críticas não se ficaram por aí, com o partido a responsabilizar também o PS pelos resultados eleitorais: "a maioria de esquerda que governa o país tem também enormes responsabilidades, desde logo o Partido Socialista, que se encostou à popularidade do atual Presidente e desvalorizou esta eleição, tentando esvaziá-la, não se posicionando nem apoiando a candidatura do seu campo político".

"Fica agora patente a necessidade de uma resposta coesa e clara da esquerda contra o progredir da xenofobia, da divisão e erosão democráticas, e da falta de empatia. Contamos com todas as forças progressistas e de esquerda para participar nesta luta, deixando de lado a criação de fossos que colocam em causa o avanço do progressismo, de mais ambiciosos objetivos ecológicos e da igualdade em Portugal", apelaram.

O partido alertou ainda para a necessidade "das próximas eleições autárquicas serem preparadas com antecipação, dando à CNE [Comissão Nacional de Eleições] os meios necessários para que o direito ao voto seja garantido a todos".

Por fim, apesar de sublinharem que "a extrema-direita não alcançou nenhum dos objetivos a que se propôs", o Livre salientou que, "ainda assim, atingiu uma votação significativa, numa campanha assente em insultos e mentiras para enganar os portugueses e semear a discórdia".

"Que esta derrota não deixe nenhum democrata sossegado, porque a extrema-direita está cada vez mais organizada no nosso país e apenas uma política convergente de esquerda e apostada em resolver os problemas das pessoas poderá fazer-lhe frente", remataram.

Marcelo Rebelo de Sousa foi no domingo reeleito Presidente da República, com mais de 60% dos votos.

Para a décima eleição do Presidente da República, desde a instauração da democracia em 25 de Abril de 1974, estavam inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que no sufrágio anterior, em 2016.

Foram sete os candidatos ao Palácio de Belém: Além do atual Presidente e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiado pelo PSD e CDS-PP, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e antiga eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

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