Líder do CDS acusa MAI de se ter transformado em "embaraço nacional"
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, insistiu hoje na demissão do ministro da Administração Interna, acusando Eduardo Cabrita de se ter transformado "num embaraço nacional".
© Global Imagens
Política Francisco Rodrigues dos Santos
"Que mais tem de acontecer para que Eduardo Cabrita se demita?", questiona o líder dos democratas-cristãos, numa nota enviada à imprensa.
Francisco Rodrigues dos Santos enumerou algumas das polémicas que envolveram o mandato do ministro, como a "compra de golas inflamáveis para a proteção civil", a morte de um cidadão ucraniano "à guarda do Estado português" nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ou o que considera ter sido a sua desautorização pelo Diretor Nacional da PSP sobre "o desmantelamento do SEF".
"Depois da GNR ter sido mandada parar pela PSP em Évora, quando fazia escolta à carrinha com as vacinas, e agora com mais trapalhada com os boletins de voto para as eleições presidenciais... a pergunta que se impõe é a seguinte: como é que Eduardo Cabrita ainda é Ministro da Administração Interna?", pergunta.
O líder do CDS-PP considera que esta pergunta, "a que nenhum português consegue responder", "diz muito sobre a erosão do conceito de responsabilidade política que vigora em Portugal".
"Sucedem-se os inquéritos, mas o ministro vai-se arrastando penosamente nas suas funções. Eduardo Cabrita tem o efeito de 'toque de Midas', mas ao contrário. Onde toca, os resultados não podiam ser piores. Até quando vai permitir este embaraço nacional, sr. primeiro-ministro?", perguntou.
A TVI noticiou, na segunda-feira à noite, que "um conflito de interesses entre PSP e GNR" terá impedido, durante algum tempo, "a saída" do hospital de Évora da carrinha que fazia a distribuição da vacina na região Sul do país, acabando a situação por ser resolvida "com uma escolta partilhada" entre as duas forças da autoridade.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou a abertura de um inquérito urgente por parte da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) sobre estes "incidentes" em Évora no acompanhamento das vacinas.
Na segunda-feira, soube-se também que foi incluído no sorteio do boletim das eleições presidenciais um candidato, Eduardo Baptista, que apenas tinha apresentado 11 assinaturas, quando a lei exige um mínimo de 7.500.
A lei eleitoral do Presidente da República refere que o sorteio da ordem do boletim realiza-se com "as candidaturas que tenham sido apresentadas à eleição na presença dos respetivos candidatos ou seus mandatários", e acrescenta que "a realização do sorteio não implica a admissão das candidaturas", devendo considerar-se sem efeito as que venham a ser definitivamente rejeitadas.
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