António Costa falava aos jornalistas após ter participado na sessão evocativa do centenário do nascimento de Amália Rodrigues, no Panteão Nacional, em Lisboa, depois de questionado se ainda considera possível a existência de um acordo por escrito de legislatura com os parceiros do PS no parlamento: O Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV.
"A forma não é o essencial. A existência de um acordo que desse estabilidade para a legislatura era ótimo", respondeu o líder do executivo.
A seguir, António Costa fez questão de identificar qual a prioridade política imediata do seu Governo.
"Se houver um acordo para o Orçamento do Estado para 2021 era bom. Corresponde ao que é essencial. O país não ficar a depender de governações a solavanco e duodécimos. Deve poder olhar para 2021 com a confiança de que tem os instrumentos necessários para responder à crise", advogou o primeiro-ministro.
Neste ponto, António Costa frisou que Portugal enfrenta "uma crise de saúde, que aguarda ansiosamente por uma vacina". "Mas temos também uma crise económica e social que precisa de um bom Orçamento. É a isso que temos de responder", frisou.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro procurou traçar um quadro de normalidade em relação ao processo negocial do Orçamento.
"Ainda no passado sábado, o Bloco de Esquerda apresentou mais um conjunto de propostas e estão marcadas reuniões para hoje. É um trabalho que continuamos a fazer. Seguramente, encontraremos uma boa solução para termos um bom Orçamento em 2021 que responda à crise económica e social do país enfrenta", disse.
No entanto, logo a seguir, deixou um aviso: "Não podemos estar só à espera dos fundos comunitários. Há uma parte que depende de nós e eu temos de responder", advertiu.