Rio apresenta tabela de debates na AR para "dar a conhecer a verdade"
Fim dos debates quinzenais com o primeiro-ministro dividiu as bancadas do PS e do PSD. O líder 'laranja' explica o que vai acontecer.
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Política PSD
Rui Rio tem sido alvo de críticas pela proposta - aprovada no Parlamento na quinta-feira passada - sobre o fim dos debates quinzenais com o primeiro-ministro. Um tema que aqueceu a discussão política e que dividiu as bancadas do PS e do PSD.
Perante as críticas e "em face da desinformação" - escreve o líder do PSD no Twitter - "impõe-se dar a conhecer a verdade".
Partilhando uma tabela com os calendário dos debates que irão ter lugar a cada mês na Assembleia da República, de acordo com o novo regimento, o líder social-democrata frisa que "não é honesto enganar as pessoas e fazer propositadamente comentários sobre o que não existe, abusando da demagogia".
De acordo com a tabela divulgada, haverá debates no Parlamento todos os meses, de setembro a julho, alternando entre debates com o primeiro-ministro e os debates Estado da Nação, além de dois de preparação para o Conselho Europeu. Nos cinco debates Estado da Nação setoriais, lê-se na nota, "o primeiro-ministro pode estar presente". Adicionalmente, o chefe do Executivo "poderá ser sempre convocado em situações excecionais".
Em face de tanta desinformação, impõe-se dar a conhecer a verdade. Não é honesto enganar as pessoas e fazer propositadamente comentários sobre o que não existe, abusando da demagogia.Uma vez devidamente informado, então, é justo que cada um possa ter a sua opinião. pic.twitter.com/DDP2BHwb0g
— Rui Rio (@RuiRioPSD) July 27, 2020
"Uma vez devidamente informado, então, é justo que cada um possa ter a sua opinião", remata, por fim, Rui Rio.
António Costa participou em nove debates quinzenais na Assembleia da República e quatro de preparação do Conselho Europeu, tendo o Parlamento realizado 175 audições a membros do Governo.
De acordo com o balanço provisório da atividade parlamentar desenvolvida na primeira sessão legislativa, além das 175 audições a membros do Governo, a Assembleia da República realizou também 324 audições com outras entidades e foi proposto um inquérito parlamentar potestativo, por parte do PSD, relativamente às alegadas fraudes na distribuição de donativos na sequência dos incêndios em Pedrógão Grande.
Na anterior sessão, o primeiro-ministro tinha participado em 15 debates quinzenais no Parlamento, órgão no qual se realizaram 233 audições de membros do Governo.
Na próxima sessão legislativa, o número de debates quinzenais com o primeiro-ministro será inferior, na sequência de uma alteração ao regimento que prevê que o chefe do Governo passa a ter presença obrigatória para responder sobre política geral apenas de dois em dois meses.
O fim dos debates quinzenais foi aprovado pela maioria dos deputados do PS e do PSD, tendo merecido a rejeição do Bloco de Esquerda, PCP, CDS-PP, PAN, Chega, Iniciativa Liberal e das duas deputadas não inscritas (Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues).
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