"Importante é ter valor que dê corpo a um plano de recuperação efetiva"
O porta-voz do PAN considerou hoje "fundamental" que o Conselho Europeu acorde "um valor que dê corpo a um plano de recuperação efetiva" dos estados-membros, e que as verbas sejam aplicadas a partir do início do próximo ano.
© Reinaldo Rodrigues / Global Imagens
Política PAN
"Eu acho que é fundamental conseguirmos chegar a um determinado valor que, podendo não ser o ideal, que consigamos aqui ter um mecanismo de recuperação económica sem precedentes", disse André Silva, em declarações aos jornalistas, em Lisboa.
O líder do Pessoas-Animais-Natureza considerou que o impasse na busca de um acordo para o relançamento europeu após a crise da covid-19 "é natural" uma vez que "estão aqui vários interesses em jogo" e "têm havido aqui vários obstáculos de vários países".
"Para nós, o mais importante é que haja neste preciso momento um valor que dê corpo a um plano de recuperação efetiva e que não esperemos muito mais, pelo menos neste fase, para que essas verbas seja disponibilizadas, para que até ao final do ano, ou pelo menos para que a partir de janeiro de 2021, essas verbas possam começar a ser aplicadas nas economias", assinalou.
André Silva apontou igualmente que "há uma vontade de chegar a um consenso ou, pelo menos, a uma conclusão".
"E estou em crer que ainda hoje teremos notícias de que conseguiremos, pelo menos, que uma parte significativa daquilo que são as verbas a fundo perdido, que são fundamentais para a recuperação dos vários países da União Europeia tenha bom porto", acrescentou.
O plenário do Conselho Europeu, que decorre em Bruxelas em busca de um acordo para o relançamento europeu após a crise da covid-19, será retomado à tarde.
De acordo com fontes europeias, sobre a mesa estará uma proposta que mantém o montante global do Fundo de Recuperação em 750 mil milhões de euros -- como propunha a Comissão --, com os subsídios a fundo perdido a pesarem 390 mil milhões de euros, montante que já terá tido 'luz verde' dos 27.
Tanto o plano franco-alemão como a proposta da Comissão Europeia defendiam subvenções num montante de 500 mil milhões de euros, algo rejeitado pelos chamados países 'frugais' (Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca), que exigiam que as subvenções ficassem abaixo dos 400 mil milhões de euros.
O objetivo de Charles Michel para esta madrugada passou, então, por tentar 'fechar' o Fundo de Recuperação, deixando as negociações sobre o Quadro Financeiro Plurianual da União de 2021-2027 para depois de algumas horas de sono, esta tarde.
Reunidos desde sexta-feira de manhã, os líderes europeus não lograram ainda chegar a um acordo sobre o próximo quadro orçamental para 2021-2027 e o Fundo de Recuperação, os pilares do plano de relançamento da economia europeia para superar a crise da covid-19.
O terceiro dia da cimeira, no domingo, foi o mais longo até ao momento, num total de mais de 20 horas de negociações sem interrupções, tanto à margem, como em plenário.
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