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PCP insiste com promessa de Costa de não "regressar aos cortes"

O secretário-geral do PCP voltou hoje a questionar o primeiro-ministro pela promessa de não haver "cortes nos rendimentos" como resposta à pandemia de covid-19, mas o primeiro-ministro contrapôs que o "lay-off" significa "proteger o emprego".

PCP insiste com promessa de Costa de não "regressar aos cortes"
Notícias ao Minuto

17:22 - 03/06/20 por Lusa

Política Covid-19

"O Governo compromete-se ou não a não regressar ao passado dos cortes", perguntou Jerónimo de Sousa a António Costa no debate quinzenal, no parlamento, em que fez um retrato cinzento de "quase um milhão em 'lay-off' com perda de 33%" do seu vencimento ou "a milhares que estão no desemprego".

Para o secretário-geral dos comunistas, é impossível "aceitar que ao fim de três meses o trabalhador perca um salário inteiro".

António Costa não deu uma resposta direta, a não ser uma declaração mais geral de que "a austeridade seria o pior caminho" e que "sem 'lay-off'" a situação seria muito pior.

"Não estaríamos a falar de 400 mil desempregados, estaríamos a falar de um número muito superior", afirmou o primeiro-ministro.

E discordou frontalmente de Jerónimo ao argumentar que o 'lay-off' "não é uma medida de corte de rendimentos", mas sim "de proteção do emprego".

O primeiro-ministro repetiu tese, como já tinha feito nos primeiros debates, em março, no início do surto pandémico, que "não é possível sair desta crise sem dor".

Além do mais, argumentou, a "resposta mais rápida possível" que é necessário dar ao país "passa claramente pela recuperação dos rendimentos", assim como pela garantia das prestações sociais dadas após o mês de março.

Tal como aconteceu em debates quinzenais anteriores, Jerónimo de Sousa voltou a perguntar a Costa sobre a situação de segurança nos transportes e apontou a "situação dramática" de "milhares de trabalhadores das artes e cultura", incluindo artistas de circo, que não "em resposta imediata, a médio e longo prazo".

Questionou, e ficou sem resposta, sobre se o Governo encararia a criação de um fundo de apoio social de emergência para a área das artes ou voltar a considerar quem concorreu no concurso da Direção-Geral das Artes e ficou de fora desses apoios.

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