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PS manifesta "satisfação prudente" face a plano de recuperação da CE

O deputado socialista Capoulas Santos manifestou hoje uma "satisfação prudente" face à proposta de programa de recuperação económica apresentada pela Comissão Europeia, considerando que a incorporação do conceito de mutualização da dívida constitui um avanço histórico.

PS manifesta "satisfação prudente" face a plano de recuperação da CE
Notícias ao Minuto

14:59 - 28/05/20 por Lusa

Política Covid-19

Esta posição do antigo ministro da Agricultura, ex-eurodeputado socialista e presidente da Comissão de Assuntos Europeus foi transmitida à agência Lusa, numa declaração em que também elogiou o papel político-diplomático desempenhado pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo Governo português no plano europeu.

"O PS encara com uma satisfação obviamente prudente o conjunto de propostas apresentadas na quarta-feira pela Comissão Europeia. Manifestamos prudência porque estamos ainda apenas perante uma proposta, não há ainda um acordo final e até que se chegue a esse acordo final importa ter consciência das dificuldades que será necessário ultrapassar, quer no Conselho, quer no Parlamento Europeu", justificou Capoulas Santos.

Capoulas Santos, porém, frisou que "é muito melhor partir para uma negociação com uma boa proposta do que com uma má proposta".

"A alteração que se verificou na quarta-feira, na União Europeia, considero-a histórica, porque constitui uma grande mudança de paradigma. Basta dizer que, pela primeira vez, na proposta da Comissão, foi incorporado no plano europeu o conceito de mutualização, independentemente da designação que possa vir a ser feita para o efeito", considerou.

De acordo com o presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus, esse avanço "era absolutamente impensável ainda há poucas semanas".

"Tal como foi apresentada e se for aprovada nesses termos, a proposta implicará para Portugal, pura e simplesmente, uma duplicação do montante global do Quatro Financeiro Plurianual (2014/2020), que é na ordem dos 26 a 27 mil milhões de euros. A proposta de fundo de recuperação agora apresentada, de acordo com a distribuição indicativa, propõe para Portugal um montante praticamente igual", apontou.

Ou seja, segundo o antigo ministro da Agricultura, a manter-se a proposta, Portugal duplicará em termos de acesso a financiamento, "sendo que a parte mais substancial, cerca de 15 mil milhões de euros, serão contribuições a fundo perdido".

Perante estes dados, o deputado socialista disse depois causar-lhe "imensa estranheza a forma como foi desvalorizado por alguns grupos parlamentares esta proposta" da Comissão Europeia.

"Para chegarmos a este ponto, convém não esquecer, Portugal, o seu Governo e o seu primeiro-ministro tiveram um papel relevante ao longo de pelos menos os últimos dois anos. António Costa e o Governo português foram fazedores de pontes entre os diversos atores no Conselho. O primeiro-ministro foi um intermediário entre o grupo dos amigos da coesão e dirigentes como o Presidente francês, Emmanuel Macron, e chanceler alemã, Angela Merkel", acrescentou.

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