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Rio 'contra-ataca': "Centeno não passou a ter condições para continuar"

O líder do PSD regressou ao Twitter para contestar a continuidade de Mário Centeno no Governo e apontando como explicação "a força do ministro" ser "superior à do primeiro-ministro".

Rio 'contra-ataca': "Centeno não passou a ter condições para continuar"
Notícias ao Minuto

13:25 - 14/05/20 por Ana Lemos

Política PSD

Depois de ter considerado que o ministro Mário Centeno não tinha condições para continuar no cargo, Rui Rio regressou ao início da tarde desta quinta-feira ao Twitter para o 'contra-ataque'.

"Mário Centeno não passou a ter condições para continuar", começa por referir o líder do PSD, acrescentando que esta manutenção do ministro das Finanças mostra que o primeiro-ministro assume que, "ainda que sem condições, um Ministro pode continuar a sê-lo".

E pode continuar a sê-lo, acrescenta Rio, "mesmo quando faltam mais de três longos anos para o fim da legislatura... ou quando a força do Ministro é superior à do primeiro-ministro".

Este novo tweet do social-democrata surge depois de ontem, numa outra publicação na rede social, Rio ter defendido a demissão do ministro das Finanças, Mário Centeno, por este não ter sido "leal" com o primeiro-ministro, António Costa, e por ter ficado ainda mais fragilizado, depois da audição parlamentar de hoje sobre o Novo Banco.

"Se estava mal, com esta prestação na AR, Centeno ainda ficou pior. Não tem condições para continuar! Mal vai um primeiro-ministro que mantém um Ministro que não lhe foi leal, que tem a crítica pública do Presidente da República, que a bancada do PS não defendeu e que diz ser irresponsável fazer o que o primeiro-ministro anunciou", defendeu Rui Rio.

Minutos depois desta publicação, e em declarações aos jornalistas no Parlamento, o líder do PSD considerou, aliás, que Mário Centeno já não devia apresentar esta quinta-feira o Programa de Estabilidade.

Em causa, recorde-se, está a transferência de 850 milhões de euros para o Fundo de Resolução destinado à recapitalização do Novo Banco. Esta operação ocorreu na véspera do debate quinzenal com o primeiro-ministro no Parlamento e, quando Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, questionou sobre o assunto, António Costa respondeu que tal só iria acontecer depois de se conhecerem os resultados da auditoria em curso ao banco. Afinal, o líder do Governo não tinha sido ainda informado, facto pelo qual pediu desculpa ao BE.

Os 850 milhões de euros foram transferidos para o Fundo de Resolução sob a forma de um empréstimo, que injetou 1037 milhões de euro no Novo Banco. O dinheiro destina-se a compor as contas do Novo Banco de 2019.

[Notícia atualizada às 13h35]

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