PCP desafia Governo a ajudar no fim às sanções contra Cuba e Venezuela

O PCP desafiou hoje o Governo português a abandonar a "linha de colaboracionismo" com a "administração Trump" dos EUA e "desenvolver esforços" diplomáticos na ONU para por fim às sanções contra Cuba, Venezuela, Irão e Síria.

Partido Comunista Portugues, PCP, sede

© iStock

Lusa
20/04/2020 18:22 ‧ 20/04/2020 por Lusa

Política

Covid-19

 

Numa conferência de imprensa, via Skype, sobre a "situação internacional e o impacto do surto epidémico" de covid-19, Ângelo Alves, da comissão política do PCP, afirmou que as sanções já tinham efeitos "brutais" em Cuba e Venezuela, por exemplo, que diz terem-se agravado com a pandemia.

Para Ângelo Alves, a política externa portuguesa deve ser centrada no "respeito pelos direitos dos povos, pelo Direito Internacional e pela soberania dos Estados", como consagra a Constituição e Carta das Nações Unidas".

E o executivo do PS deveria inverter "uma linha de colaboracionismo e submissão" à "estratégia agressiva do imperialismo, nomeadamente a administração Bush".  

Daí a proposta de "desenvolver esforços, nomeadamente no quadro da ONU", para defender o "fim, imediato e incondicional, das sanções económicas e financeiras a Estados soberanos, nomeadamente contra Cuba, Venezuela, Irão, Síria e outros países".

Os comunistas não revelam as expectativas quanto à resposta do Governo português, mas esperam que mude de atitude tendo em conta "a necessidade" e seja sensível às dificuldades desses países em combater o surto, olhando ao que está a investir-se em Portugal na saúde.

Ângelo Alves argumentou ser "criminoso" que sejam levantadas dificuldades a países como Cuba na obtenção de testes e ventiladores, por exemplo, para tratar a população.

O PCP propõe ainda ao Governo que defenda "um protocolo internacional de cooperação, sob a égide da ONU", com vista à "produção e comercialização pública, livre de propriedade intelectual, de vacinas e medicamentos para combate à covid-19".

Por fim, sugere que se lance a "renegociação e anulação das dívidas públicas, nomeadamente dos países com maiores debilidades económicas e mais afetados" pelo novo coronavírus.

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