"Quem escolhe o presidente são os congressistas, (...) quem quiser fazer contas muito certas pode estar enganado", disse Lobo d`Ávila, manifestando-se "muito confiante", à chegada ao Parque de Exposições de Aveiro, onde se realiza o 28.º Congresso do partido.
Admitindo que "há vários cenários em cima da mesa" quanto à próxima liderança do CDS-PP e quanto ao futuro do partido, Lobo d`Ávila apelou para que os trabalhos decorram num tom "construtivo e positivo".
"O grande desafio é recuperar a credibilidade do partido", disse, defendendo que "é importante dar um sinal de maturidade".
Instado a identificar qual dos adversários considera mais "forte", Lobo d`Ávila respondeu que espera "contar com eles no domingo quando for eleito presidente".
"O CDS está a fazer esse diagnóstico, tem de continuar a fazer esse diagnóstico. Não podemos repetir os erros do passado", disse.
Cinco candidatos disputam hoje a liderança do CDS-PP: Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), o deputado e porta-voz João Almeida, o antigo parlamentar Filipe Lobo d´Ávila, do grupo "Juntos pelo Futuro", o ex-presidente da concelhia de Viana do Castelo, Carlos Meira, e o líder da Juventude Popular (JP), Francisco Rodrigues dos Santos.
O programa do Congresso, no qual são esperados cerca de 1400 delegados, começa hoje com o discurso de despedida de Assunção Cristas, a ex-ministra da Agricultura que sucedeu a Paulo Portas como presidente, em 2016, e que anunciou a sua saída na noite das legislativas de outubro de 2019, quando o CDS perdeu 13 deputados, e ficou reduzido a cinco, com 4,2% dos votos.
Um dos momentos decisivos do Congresso é a votação das moções dado que é uma espécie de primeira volta para escolher o líder. E quem vencer, por norma, apresenta uma lista candidata à comissão política nacional e demais órgãos do partido.