Portugal "um país parado, de mão estendida à espera do Estado"

O deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, considerou que, com o Orçamento do Estado que será hoje aprovado, Portugal será eternizado como "um país parado, de mão estendida à espera do Estado", sem energia e "profundamente triste".

Cotrim Figueiredo, Iniciativa Liberal

© Global Imagens

Lusa
10/01/2020 15:53 ‧ 10/01/2020 por Lusa

Política

Iniciativa Liberal

No encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) na generalidade e já com o voto contra anunciado há semanas, João Cotrim Figueiredo subiu ao púlpito da Assembleia da República para fazer o retrato de como será a vida das pessoas em 2020 com este orçamento, o "Portugal do PS com a cumplicidade do Bloco e do PCP e todos os que se abstiverem aqui hoje".

"Um país parado, de mão estendida à espera do Estado. Um país sem energia e profundamente triste. Este é o Portugal que este orçamento quer eternizar. Não é este o Portugal que a Iniciativa Liberal quer", caracterizou.

A Iniciativa Liberal vota por isso "contra este orçamento porque quer mais e melhor para Portugal" e acredita numa alternativa que considera ser "o liberalismo".

Grande parte dos três minutos de que João Cotrim Figueiredo dispunha enquanto deputado único foi utilizada para retratar a vida dos portugueses graças ao impacto na sua vida que terá este OE2020, começando pelos que nasçam este ano e indo, de década em década, até aos que completam 70 anos.

"Uma portuguesa que nasça em 2020, fá-lo-á num hospital que os seus pais não escolheram, a menos que tenham dinheiro, num parto assistido por profissionais desmotivados e cujo mérito não tem forma de ser recompensado", exemplificou.

Já um português, "também de 20 e tal anos, mas sem estudos e que começa a trabalhar pelo salário mínimo, então achar-se-á que pelo menos esse português não tem de se preocupar com os impostos".

"Errado. Um português que ganhe o salário mínimo paga ao estado, todos os meses, entre TSU e impostos sobre o consumo, 25% do seu rendimento. Vale a pena repetir: alguém que ganhe o salário mínimo em Portugal vê o Estado ficar com um quarto do seu rendimento", criticou.

Outro exemplo foi o de "uma portuguesa que atinja os 60 ou 70 anos em 2020, já só deseja que não adoeça porque senão irá parar ao mesmo hospital do bebé" do qual começou a falar "e também ela não escolherá o hospital, nem outros prestadores de cuidados de saúde e sabe que nada funcionará porque o sistema está a implodir e não tem concorrência que o estimule a melhorar".

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