"Foi um resultado histórico porque, pela primeira vez em quatro décadas, o PSD perdeu a maioria absoluta na Madeira e, na Região Autónoma da Madeira, este derrubar da maioria absoluta correspondeu a décadas também de trabalho, de intervenção, de ação consequente, para que este objetivo pudesse ser alcançado", afirmou Edgar Silva à agência Lusa.

Para o único deputado do PCP eleito nestas legislativas regionais, "a CDU deu contributos decisivos para esta viragem política, para este acontecimento histórico que se registou neste ato eleitoral".

"Portanto, a partir de agora nada será igual. Há uma viragem profunda e este é um acontecimento com uma repercussão e alcance político extremamente profundo", considerou Edgar Silva.

Quanto à perda de um deputado no parlamento regional nestas eleições, admitiu que "este não é o melhor resultado", realçando que "a CDU podia ter mais votos e mais eleitos" do que aqueles que obteve.

Nas eleições deste domingo, a CDU obteve 1,80% dos votos (2.577), enquanto em 2015 conseguiu conquistar dois lugares no parlamento regional com 5,54% dos votos (7.060).

Ainda assim, a perda de um deputado "não quer dizer que diminua a motivação quanto aos contributos" que o partido tem de continuar a dar "para que se construa uma alternativa política na região", sublinhou Edgar Silva.

O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais da Madeira, com 39,42% dos votos, mas perdeu, pela primeira vez, a maioria absoluta, elegendo 21 dos 47 deputados.

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PS obteve 35,76% e elegeu 19 deputados.

O CDS-PP, com 5,76% dos votos e três deputados, foi a terceira força política mais votada, seguido pelo JPP, com 5,47% e também três parlamentares.

A CDU conquista um lugar, depois de alcançar 1,80% dos votos.

Mais nenhum partido conseguiu eleger deputados para a Assembleia Legislativa da Madeira, que tem um total de 47.

A abstenção foi de 44,49%.

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