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“Quem se mete com o PS leva, mas quem vai à guerra dá e leva"

Joaquim Jorge critica a postura de António Costa e do seu Governo perante a greve dos motoristas.

“Quem se mete com o PS leva, mas quem vai à guerra dá e leva"
Notícias ao Minuto

16:58 - 13/08/19 por Natacha Nunes Costa

Política Joaquim Jorge

Num artigo de opinião enviado, esta terça-feira, ao Notícias ao Minuto, Joaquim Jorge aponta o dedeo ao primeiro-ministro e ao Executivo pela sua postura perante a greve dos motoristas que está a afetar o país de Norte a Sul.

O fundador do Clube dos Pensadores começa por recordar uma frase do jornalista americano Ambrose Bierce. Para este crítico, a política “é uma luta de interesses disfarçada de conflito de princípios ou a condução de assuntos públicos para benefício privado”.

E António Costa, segundo Joaquim Jorge, pode ser a representação viva desta citação. De acordo com o biólogo, o primeiro-ministro, “que estava em queda nas sondagens, viu neste prélio com os motoristas, uma escapatória para resolver os seus problemas de afirmação”.

Contudo, segundo Joaquim Jorge, “o alarmismo, a exceção da normalidade, a intimidação não podem impedir uma greve” e é isso que está a acontecer. “Há um aproveitamento abusivo do desconforto e incomodidade causados por esta greve a muitos portugueses que estão ou vão de férias”.

“O direito à greve, o direito à indignação, o direito à revolta, o direito a lutar por melhorias salariais são direitos inalienáveis numa democracia adulta. Motoristas escoltados por polícia e Exército é inadmissível quando não há desacatos. Os serviços mínimos são para emergências: ambulâncias, transportes de doentes que acarretem vidas em risco, bombeiros, etc. Não morre ninguém se não andar de carro ou se não houver tantos produtos nos supermercados! Concorde-se ou não com esta greve não podemos permitir que se acabe com uma greve e com o direito à greve”, afirma Joaquim Jorge, recordando que, “o Governo reage de forma musculada à greve dos motoristas, com requisição civil, por aumentos de 100 euros. Ao invés, reage de forma condescendente aos juízes, dando-lhe aumentos de 700 euros”.

Joaquim Jorge acusa assim o Executivo de apenas “reagir a reboque dos acontecimentos” sejam eles greves, incêndios, ofertas de viagens a governantes, nomeações de familiares de governantes ou mesmo negócios com familiares de governantes e exige outra postura perante os protestos dos motoristas.

“O Governo tem que fazer um ‘shift’, exigir que a ANTRAM e os sindicatos se sentem à mesa das negociações sem condições, em vez, de requisição civil. Quem se mete com o PS leva, mas quem vai à guerra dá e leva. O PS que se cuide!”

Por fim, Joaquim Jorge garante que “estão a querer fazer” do advogado Pardal Henriques, representante dos sindicatos, “o vilão”, ao acusá-lo de “não ser motorista, de ambição política, andar de Maserati”. E, de fazer de André Matias de Almeida, advogado da ANTRAM, “o bom, que não passa de um menino do coro, militante do PS, nomeado para cargos por este governo PS e é irmão do assessor do Ministério da Economia”.

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