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Autarca de Barcelos em domiciliária. "Anedota caricata"… e "uma vergonha"

A Operação Teia deu lugar a uma situação singular em Barcelos.

Autarca de Barcelos em domiciliária. "Anedota caricata"… e "uma vergonha"
Notícias ao Minuto

23:30 - 09/06/19 por Pedro Filipe Pina

Política Marques Mendes

Miguel Costa Gomes, presidente da câmara municipal de Barcelos, encontra-se em prisão domiciliária na sequência da Operação Teia. No entretanto, continua a liderar a autarquia.

Esta situação esteve em destaque este domingo no espaço de comentário semanal de Marques Mendes na antena da SIC.

Realçando que não comenta a parte judicial do caso, Marques Mendes considerou que este caso "por um lado é uma anedota caricata, mas por outro é uma vergonha para o município de Barcelos e um desprestígio para a política em geral: o presidente da câmara de Barcelos continua em funções mas está preso, em prisão domiciliária".

Isto, na prática, "significa que ele não pode fazer reuniões de câmara, porque não pode deslocar-se à câmara, ele está proibido de falar com os funcionários, não pode ir à assembleia municipal, não pode representar o município em nenhuma cerimónia oficial”, elencou o ex-governante.

“Ou seja”, prosseguiu, e "ele tem o título, recebe o ordenado ao final do mês mas não pode exercer a função. Isto é uma vergonha".

Para Marques Mendes, "o próprio devia tomar a iniciativa de sair. Dizer: 'Olhe, estou nesta situação, não me considero culpado, mas não estou em condições para exercer funções'. Saía, em vez de se agarrar ao lugar".

O comentador considera ainda que, "se fosse possível, o juiz devia ter determinado a suspensão de funções". No entanto, "o juiz não tem culpa, porque não há uma lei em Portugal que habilite o juiz (...) e os senhores deputados deviam preocupar-se com isso".

Ainda assim, mesmo que nenhuma das duas premissas anteriores se verificasse, o próprio Partido Socialista (PS) deveria tomar a iniciativa.

"O PS devia retirar-lhe a confiança política", defendeu. O autarca, "ainda que não tenha culpa, tem que abandonar funções".

Marques Mendes recordou de seguida que ele próprio se confrontou com escolhas no tempo em que presidiu ao PSD.

"Por muito menos, há muitos anos, quando fui líder do PSD, afastei das candidaturas dois presidentes de câmara que tinham problemas com a justiça. Porque há princípios de ética e de exercício de prestígio da política que têm de ser observados".

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