Catarina Martins quer "virar o jogo" das rendas e pede alterações à lei
A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu hoje que "este é o momento de virar o jogo" em relação às "rendas milionárias" da energia e que "é preciso transformar em lei" o relatório aprovado na comissão parlamentar de inquérito.
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Política BE
"Hoje foi aprovado o relatório [proposto por Jorge Costa, deputado do BE], que responde a este mistério europeu de como pode Portugal ser um dos países da Europa com salários mais baixos, mas com a conta da luz mais alta", disse Catarina Martins no jantar comício da campanha do BE às eleições europeias que hoje decorre em Leiria.
Para a líder bloquista, "não basta votar a favor do relatório da comissão de inquérito", e "agora é preciso mais", sendo este "o momento de virar o jogo", deixando críticas à aliança entre PS e a direita para chumbar uma parte do relatório.
"É preciso que as recomendações que acabam com as rendas excessivas da EDP sejam implementadas, que o que foi votado como relatório da comissão parlamentar às rendas da energia se transforme em lei, que se faça justiça e que deixemos de pagar com o esforço do trabalho as rendas milionárias dos acionistas da EDP", desafiou.
Catarina Martins foi mais dura sobre aquilo que disse ouvir-se "tantas vezes" de que os "problemas da economia em Portugal é porque os salários são altos": "vergonha, tenham vergonha".
"Há uma parte do relatório que foi chumbada, em que PS se juntou à direita, para que não houvesse conclusões claras sobre os negócios das barragens e para que as responsabilidades da comissão europeia também não fossem devidamente apontadas", criticou.
Na perspetiva de Catarina Martins, andou-se "a engordar os acionistas da EDP" e foi "o privilégio, a porta giratória, a promiscuidade que andou a alimentar as rendas das energéticas, os lucros dos acionistas da EDP à custa de quem trabalha neste país, à custa dos consumidores".
O relatório final da comissão de inquérito que identifica rendas excessivas aos produtores de eletricidade foi hoje aprovado pelo PS, BE, PCP e PEV, com PSD a considerar que "não é factual" e o CDS que podia ter ido mais longe.
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