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Rio quer comunistas longe do poder porque PCP "estragou a festa ao PSD"

O secretário-geral comunista considerou hoje natural o desejo de Rui Rio de afastar os partidos que apoiam o Governo do PS da esfera do poder nas próximas eleições, uma vez que o PCP "estragou a festa ao PSD".

Rio quer comunistas longe do poder porque PCP "estragou a festa ao PSD"
Notícias ao Minuto

19:42 - 25/03/19 por Lusa

Política Jerónimo de Sousa

Em entrevista à Antena 1 hoje de manhã, o presidente do PSD, Rui Rio, defendeu que o objetivo do partido nas próximas legislativas deve ser "afastar BE e PCP da esfera do poder", para que possam ser feitas as reformas estruturais de que o país precisa.

"É natural que [Rui Rio] assim o deseje. O PCP, pelo seu posicionamento, a sua intervenção, teve nesta nova fase da vida política um posicionamento que estragou a festa ao PSD, um PSD que esperava poder continuar a massacrar o povo português durante mais quatro anos", respondeu o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, aos jornalistas, no final de uma reunião, na sede do partido, com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal.

Na perspetiva do líder comunista, "não foi possível" ao PSD prosseguir o caminho que pretendia, "devido ao posicionamento, à intervenção e à proposta do PCP".

"Portanto, é quase um desabafo. Percebo perfeitamente a razão de querer levar ao afastamento do PCP deste processo e naturalmente convergir com o PS", sublinhou.

Já sobre o desabafo que o líder parlamentar do PS, Carlos César, fez no domingo, na abertura das jornadas de proximidade em Portalegre, ao admitir que, desde 2015, os socialistas tiveram de "trabalhar o dobro" e "muito penosamente" com aqueles que "dizem apoiar" o Governo, Jerónimo de Sousa foi perentório: "não lhe chamava penoso, foi difícil".

"Na medida em que muitos dos avanços alcançados nos direitos, na reposição de rendimentos dos trabalhadores e do povo português, isto não estava previsto no programa do PS, nem no programa do Governo do PS", respondeu.

O líder comunista escolheu referir-se a uma "dificuldade objetiva", tendo em conta que o PS, por exemplo, "só queria descongelar as reformas e as pensões e houve um aumento extraordinário devido à persistência do PCP".

"Mesmo em relação a medidas do abono de família, de medidas de recuperação de outros rendimentos e direitos, de fim das taxas, quase sempre foi com a resistência do PS", lembrou.

Apesar da dificuldade, Jerónimo de Sousa recusou considerar este caminho penoso.

"Não fizemos mais do que a nossa obrigação, que foi procurar essa reposição de rendimentos e direitos de quem trabalha e do nosso povo", simplificou.

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