António Portela, que ganhou as últimas eleições autárquicas em 2017, volta a liderar a lista do PSD, assim como António Dias, que ficou então a dois votos de diferença, é de novo o escolhido pelo CDS.
O PS, que tinha conseguido um eleito em 2017, desta vez não concorre.
As eleições intercalares foram convocadas depois de goradas as várias tentativas de entendimento para formar a Junta e da renúncia, há cerca de um ano, dos membros efetivos e suplentes eleitos pelo CDS e pelo PS, esgotando a possibilidade de substituições.
Sem número de membros suficientes para formar o executivo, a Junta tem sido gerida desde então por uma comissão administrativa.
A dificuldade em formar a Junta em Talhadas não é nova, dada a habitual distribuição de votos, e já há quatro anos a oposição do CDS e PS procurou evitar que o PSD formasse o executivo, o que só foi resolvido depois de clarificada a situação pelo Tribunal.
No sufrágio de hoje o PSD aposta no prestígio de António Portela e na continuidade do seu trabalho, o PS abdica de ir às urnas e o CDS tenta o "tudo por tudo" para vencer a distância dos escassos dois votos que o separaram do PSD, nas últimas eleições autárquicas, tendo até a sua líder, Assunção cristas, marcado presença em Talhadas na apresentação da candidatura.