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Paulo Sande quer uma Europa que responda às preocupações das pessoas

O cabeça-de-lista da Aliança às europeias, Paulo de Almeida Sande, vê na Europa um "enorme fosso" entre a sociedade e um sistema político "desfasado", o que tem de "mudar rapidamente" para "dar resposta às preocupações" das pessoas.

Paulo Sande quer uma Europa que responda às preocupações das pessoas
Notícias ao Minuto

06:45 - 09/12/18 por Lusa

Política Aliança

"A Europa tem de perceber que aquilo que está a acontecer, as reações que surgem um pouco por todo o lado e mesmo estes movimentos a que chamamos populistas - e nem todos o são - têm um fundamento, uma razão de ser, que em parte [...] tem a ver com o enorme fosso que se cavou entre a evolução social, em particular a nível da comunicação, e os sistemas políticos", afirmou em entrevista à agência Lusa.

"Os políticos, os métodos, os instrumentos, as organizações, que estão todas desfasadas, as regras, as normas... E isso é preciso mudar e temos de o fazer rapidamente", precisou.

Paulo Sande considera que esse fosso "é fatal" se não for colmatado e que o caminho a percorrer pela Europa passa por deixar de rejeitar os novos meios de comunicação e passar a usá-los.

Esse desafio, afirmou, foi importante na decisão de candidatar-se às eleições europeias de maio próximo, na medida em que lhe dá "a oportunidade de confrontar" o discurso populista.

"O problema de quem defende a situação é que não faz as perguntas certas porque tem medo delas. Não podemos ter medo delas, não podemos ter medo de falar da imigração, de insegurança, do choque cultural que existe hoje na Europa dentro de alguns países, não podemos negar a questão da desigualdade, que está a crescer e que faz com que cada vez haja mais gente excluída deste banquete do bem-estar que é o europeu", defendeu.

"Temos de facto de fazer as perguntas certas e depois dar as respostas certas. E aí temos de nos diferenciar", acrescentou, referindo-se à importância de defender a integração europeia.

Paulo Sande considerou que essa abordagem é igualmente válida para contrariar a abstenção, em relação à qual "os políticos têm de ser capazes e têm de ter a ambição de reduzir muito.

"Em Portugal é um desafio também para nós, aliás acho que para a Aliança esse é o grande desafio", admitiu.

E, na sua opinião, esse combate faz-se insistindo que "a solução é nacional e é europeia", que "o que é bom para Portugal tem de ser bom para a Europa e o que é bom para a Europa é porque é bom para os países".

Nesse sentido, prosseguiu, não pode haver hesitação em criticar o que está mal.

"Um dos valores [europeus] é justamente a repartição justa dos recursos, que significa que não pode haver excluídos, não pode haver, e essa é uma das perguntas a que temos de responder, para que as pessoas, todas, continuem a sentir-se parte desta realidade", disse.

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