"Fica a sensação de que Silvano e deputada não estão a falar a verdade"
Comentador social-democrata diz que "conhecendo o que a casa gasta", a deputada Emília Cerqueira assinou as presenças de José Silvano e ambos "tentaram passar por entre os pingos da chuva".
© Global Imagens
Política Luís Marques Mendes
Marques Mendes comentou, este domingo, no seu espaço habitual de comentário o caso das falsas presenças do secretário-geral do PSD no Parlamento, considerando que “fica a sensação de que José Silvano e a deputada Emília Cerqueira não estão a falar a verdade”.
As explicações da deputada Emília Cerqueira, que “inadvertidamente” assinou a presença de José Silvano no Parlamento, não convenceram Marques Mendes, uma vez que só uma semana depois de o caso ter vindo a público é que a deputada veio esclarecer a situação.
No entender do comentador, “se a senhora deputada Emília Cerqueira tivesse vindo a público, logo a seguir à notícia do Expresso, há uma semana, dizer o que agora disse, as pessoas diriam que tinha sido espontânea e genuína, e que tinha vindo logo dar a cara”, demonstrando “não ter nada a esconder”.
O problema, sinalizou o social-democrata, é que se passou uma semana. “Andou a dizer-se uma coisa e o seu contrário, e só quando se descobriu, através de imagens, que tinha sido Emília Cerqueira a assinar as presenças de José Silvano é que veio a público explicar-se. Não foi espontâneo e andaram uns dias por entre os pingos da chuva a ver se ninguém descobria”, assinalou Marques Mendes.
“E fica, por outro lado, a sensação, conhecendo o que a casa gasta, de que a versão verdadeira é esta: Silvano faltou aqueles dias ao Parlamento, mas a deputada, como amiga, registou a presença dele, e tentaram passar pelos pingos da chuva. Como não passaram entre os pingos da chuva e alguém descobriu, contam agora uma história da carochinha”, constatou.
Marques Mendes entende que o caso não seria de grande gravidade se os envolvidos “viessem com humildade a público, e sem pontinha de arrogância”, admitir que houve uma falha e que cometeram um erro.
“Um gesto de humildade não fica mal a ninguém”, concluiu.
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