Meteorologia

  • 30 ABRIL 2024
Tempo
11º
MIN 11º MÁX 19º

O último dia de campanha a pensar no dia seguinte às eleições

Os líderes partidários avistaram hoje ‘o dia seguinte' às autárquicas, com Passos a dizer que a vida do Governo não depende das eleições e Seguro a recusar estabelecer uma fasquia percentual para avaliar uma eventual vitória socialista.

O último dia de campanha a pensar no dia seguinte às eleições
Notícias ao Minuto

20:03 - 27/09/13 por Lusa

Política Eleições

No último dia da campanha eleitoral para as eleições autárquicas de domingo, o presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, em Lamego, que "a vida do Governo não depende do resultado destas eleições", mas, por outro lado, "a vida dos portugueses depende de bons presidentes de câmara e bons presidentes de junta".

Sem nomear ninguém, o chefe do executivo PSD/CDS-PP acrescentou: "Todos aqueles que olham para estas eleições e pensar no Governo e nos futuros governos mostram um profundo desrespeito pelos eleitores e pelas pessoas. Nós teremos a oportunidade de discutir o Governo e as eleições legislativas quando elas chegarem, e nessa altura falaremos do futuro de Portugal e do futuro do Governo de Portugal".

Em declarações à Lusa, o secretário-geral do PS recusou-se a colocar uma fasquia percentual em votos para uma vitória do PS no domingo, sustentando que enfrenta nestas eleições mais coligações PSD/CDS, assim como o resto da esquerda unida contra os socialistas.

Interrogado se espera atingir no domingo a fasquia dos 38 por cento de votos registada pelo PS em 2009, o líder socialista respondeu: "Não ponho qualquer fasquia em termos percentuais, o resultado é o PS ganhar em número de votos - e essa é a vitória que está ao nosso alcance".

Seguro advogou, depois, que estas eleições autárquicas foram disputadas num contexto "muito próprio".

O dirigente do CDS-PP e ministro da Economia, Pires de Lima, voltou a insistir, em Albergaria-a-Velha, na mensagem que os centristas quiseram veicular durante toda a campanha, focada nos "bons indicadores" económicos, argumentado que deviam ser bons também para a oposição.

"O Governo não manipula os dados do Eurostat e do INE, a vinda de turistas e o crescimento das exportações. São dados objetivos, que são mérito das empresas, dos gestores e dos trabalhadores, e se as coisas estão a correr bem é bom para o Governo, mas também deveria ser para os partidos da oposição e devia haver um sentimento de alívio de todos os portugueses", declarou.

Antes de terminar a campanha em Loures, onde o PCP aposta forte em Bernardino Soares para a reconquista da presidência da autarquia, o líder comunista falou, em Setúbal, do que "aí vem", após as eleições.

"Votem CDU. É este último apelo que temos de fazer nestas horas que faltam, com uma ideia, a vida continuará para além do dia 29. Dar mais força à CDU significa dar mais força ao que aí vem, à nossa luta, à resistência contra esta política de direita na procura por um Mundo melhor", declarou Jerónimo de Sousa.

O coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo disse perspetivar uma "enormíssima derrota" dos partidos da maioria nas eleições de domingo, pelo que na segunda-feira, na ressaca do sufrágio, o Governo estará "mais próximo de ser demitido".

"As derrotas só enfraquecem, não dão saúde a ninguém", afirmou, assumindo que a sensação será melhor se forem atingidos os resultados pelos quais o BE tem lutado nos últimos meses, a "eleição de vários vereadores" e a entrada de Semedo na vereação da Câmara de Lisboa, onde concorre.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório