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Jotas ao ataque. JS responde a cartaz, JSD não se deixa ficar

A habitação para os jovens (ou a falta dela) é o tema quente no debate político entre juventudes partidárias.

Jotas ao ataque. JS responde a cartaz, JSD não se deixa ficar
Notícias ao Minuto

08:40 - 25/10/18 por Melissa Lopes

Política Juventudes

O cartaz da Juventude Social Democrata (JSD) ‘alugam-se quartos a estudantes’ no edifício do largo do Rato, sede do PS, mereceu esta quinta-feira críticas da parte da Juventude Socialista (JS). Para os socialistas, com esta iniciativa a JSD “entrou na lógica das fake news”.

"Não podemos deixar ainda de lamentar que, na falta de argumentos e talvez por ter a consciência pesada, a JSD opte, mais uma vez, por recorrer às habituais encenações de caráter folclórico, trazendo para este seu cartaz e para esta sua campanha toda a lógica das fake news, que em nada contribuem para a salubridade da nossa vida política", referiu, ontem ao final da tarde, a JS num comunicado.

Do lado da JSD, surgiu depois a resposta: “Era preferível que o PS respondesse ao problema do alojamento estudantil em vez de se dar ao trabalho de responder ao cartaz da JSD”. Prosseguindo: “Ou que respondesse ao grave problema que decorre da redução do valor da propina que se nada for feito levará milhares de alunos bolseiros a perderem a sua bolsa de estudo”.

“Mas é mesmo uma questão de prioridades. E não são os estudantes”, acusou Margarida Balseiro Lopes.

Numa outra publicação, a líder da JSD dizia: "Com a campanha e as propostas que lançámos a nossa preocupação recaía no alojamento estudantil e nos estudantes. Mas, pelos vistos, conseguimos ajudar a nossa congénere a fazer prova de existência política. Bravo", lançando o desafio: Só falta avançarem também com propostas". 

Lamentando que nem o Governo nem os partidos que o apoiam "tenham previsto quaisquer medidas ou verbas em sede de Orçamento do Estado para 2019", a JSD propôs um conjunto de medidas, incluindo fixar o valor do complemento de alojamento até 50% do Salário Mínimo Nacional, ou seja, 300 euros.

A redução da tributação em sede de IRS/IRC dos imóveis arrendados a estudantes do Ensino Superior, o aumento do limiar de elegibilidade na atribuição de bolsa de estudo para os 18 IAS (Indexante dos Apoios Sociais) e um plano de contratualização de serviços de alojamento estudantil na comunidade de proximidade são outras propostas da JSD.

A JSD pretende ainda um aumento das ações de fiscalização dos arrendamentos ilegais e uma dotação orçamental para a construção de novas residências estudantis e para a adaptação e requalificação das residências existentes.

"O repentino despertar para os problemas dos jovens"

Por outro lado, a JS critica aquilo que diz ser o "repentino despertar para os problemas dos jovens portugueses" dos jovens social-democratas. "Durante mais de quatro anos, a JSD não só esteve silenciosa como foi apoiante de primeira hora das políticas adotadas pelo governo PSD/CDS no seu ataque aos rendimentos das famílias portuguesas ou, no que toca ao arrendamento, na total desregulação que introduziu no mercado após a aprovação da sua famigerada lei das rendas", acusam os jovens socialistas.

Para a JS, a JSD "não pode desconhecer que o Governo já anunciou o lançamento do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior, que visa exatamente combater a carência que nesse domínio se sente", bem como a "diminuição substancial das propinas", que classifica como " o maior contributo que é possível dar ao rendimento dos estudantes que frequentam o Ensino Superior e das suas famílias".

"Estas duas medidas -  diminuição das propinas e Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior - implicam um esforço orçamental assinalável, no valor de 144 milhões de euros", pode ler-se no texto dos jovens socialistas.

Neste tema, os jovens do Bloco de Esquerda também têm algo a 'dizer', ainda que com poucas palavras, aproveitando a ocasião para erguer a bandeira da conquista da redução do valor da propina máxima a partir do próximo ano letivo. 

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