PS pede demissão de ministra por "razões éticas"
O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, defendeu hoje que a ministra das Finanças perdeu as "condições éticas" para continuar no cargo, afirmando que Maria Luís Albuquerque "não falou verdade ao Parlamento" sobre os ‘swap’.
© DR
Política Zorrinho
O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, defendeu hoje que a ministra das Finanças não tem condições éticas para continuar no cargo, afirmando que Maria Luís Albuquerque "não falou verdade ao Parlamento" sobre os ‘swap’.
"É por razões éticas. E por razões éticas é cada vez mais evidente que a senhora ministra das Finanças não falou verdade ao Parlamento. Isto não pode passar incólume. Ainda ontem na comissão dos `swaps´ foi provado que a senhora ministra tinha contactado muito com estes instrumentos de risco. É também provado que ela já autorizou instrumentos de risco", afirmou.
O líder parlamentar do PS falava aos jornalistas no Parlamento, no final da reunião da bancada parlamentar socialista.
Carlos Zorrinho apelou para que a ministra "ponha a mão na consciência" e disse que o PS não pede a demissão de Maria Luís Albuquerque por "um julgamento político" mas sim por "um julgamento ético".
"Não estamos a dizer que está a fazer bem ou mal, temos uma opinião sobre isso. Nós fazemos é um julgamento ético. Esta ministra perdeu as condições para poder exercer o seu mandato", reiterou.
A primeira audição de Maria Luís Albuquerque na comissão de inquérito aos ‘swap' decorreu a 25 de junho.
A segunda audição, que se realizou a 30 de julho, foi pedida com caráter de urgência pelos partidos da oposição (PS, PCP e BE) depois de alegadas contradições e omissões sobre o que sabia sobre os ‘swap' quando tomou posse como secretária de Estado do Tesouro.
Na reunião da comissão de inquérito, segunda-feira, o antigo gestor Almerindo Marques tinha afirmado que a atual ministra das Finanças foi a responsável do IGCP que deu o parecer favorável ao contrato ‘swap’ celebrado pelas Estradas de Portugal (EP) em 2010.
Questionado pelo PCP sobre o conhecimento do atual Executivo sobre o recurso ao instrumento de gestão de risco financeiro (‘swap'), o antigo presidente da EP afirmou que a atual ministra das Finanças conhecia a operação desde o início, já que foi a técnica do IGCP que deu o parecer favorável à operação.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com