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Verdes exigem investimento contra assimetrias e pobreza
A líder parlamentar de Os Verdes (PEV) reclamou mais investimento para combater as assimetrias regionais e a pobreza em Portugal, antecipando o debate sobre o estado da nação, sexta-feira, no parlamento.
© Global Imagens
Política Estado da Nação
Em declarações à Agência Lusa, Heloísa Apolónia admitiu, "inegavelmente, questões que foram bastante positivas e que se repercutem hoje diretamente na vida das pessoas, designadamente naquilo que se refere à recuperação de rendimentos, quer ao nível de salários, quer de pensões", durante a atual legislatura.
"É muito importante porque vem permitir também a promoção de uma qualidade de vida às pessoas que estava a ser perfeitamente roubada com o Governo anterior e a perspetiva era, caso PSD e CDS se mantivessem no governo, prolongar essa situação de massacre relativamente às famílias portuguesas", afirmou.
Porém, a deputada ecologista salientou as "muitas carências" na área da educação e da saúde, nas quais "o Estado não se pode demitir das suas funções e competências e o Governo tem uma responsabilidade concreta de investimento para promover melhores serviços, o que implica necessariamente mais recursos humanos e mais motivados".
"Agora, é evidente que ainda há muito para fazer e um longo percurso a percorrer para o qual 'Os Verdes' estão profundamente empenhados. É preciso ter os pés bem assentes na terra e consciência sobre aquilo que afeta verdadeiramente as pessoas e dar resposta, designadamente através do aumento do investimento público", defendeu.
O debate sobre o estado da nação, com intervenção inicial do primeiro-ministro, tem lugar numa das 10 últimas reuniões plenárias de cada sessão legislativa, seguindo-se pedidos de esclarecimentos dos diversos partidos e o período de discussão generalizada antes do encerramento, que cabe novamente ao Governo, numa reunião magna com perto de quatro horas de duração prevista.
"Há dois problemas estruturais no país para os quais é preciso agir nos mais diferentes setores de intervenção. Um deles prende-se com a matéria das assimetrias regionais, outro prende-se com os níveis ainda grandes de pobreza no país e uma falta de mobilidade social que é absolutamente assustadora. Estes dois itens devem guiar-nos nas nossas orientações políticas para os mais variados setores", sublinhou Heloísa Apolónia.
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