OE2019: "Não temos expectativa que o PSD altere o sentido de voto"
Primeiro-ministro diz que eventual voto contra do PSD no Orçamento do Estado de 2019 não é surpresa, uma vez que o partido agora liderado por Rui Rio votou contra os últimos três orçamentos.
© Global Imagens
Política António Costa
Em visita a Maputo, António Costa reiterou que não ficou surpreendido com o anúncio de Fernando Negrão, que esta quinta-feira admitiu que o PSD deverá votar contra o Orçamento do Estado de 2019, apesar de ainda não conhecer o documento.
Questionado sobre o voto que “tendencialmente deverá ser contra” anunciado pelo presidente da bancada parlamentar dos sociais-democratas, o primeiro-ministro foi perentório: “Não sei qual é a surpresa”.
“Até agora, o PSD votou sempre contra todos os orçamentos que o Governo apresentou e não temos expectativa que altere o seu sentido de voto”, concretizou António Costa, que deposita, assim, a sua confiança na aprovação dos parceiros da ‘Geringonça’, uma vez que o voto do CDS-PP também deverá ser contra.
Nesse sentido, Costa destacou que a atual solução política à Esquerda tem conseguido aprovar "orçamento após orçamento com bons resultados", pelo que os acordos deverão continuar nos próximos anos.
"Acho que é difícil alguém encontrar um bom motivo para não prosseguirmos nos próximos anos aquilo que é a política que temos vindo a seguir nos últimos três anos e produzido bons resultados", afirmou.
Em declarações a partir de Moçambique, onde participa na cimeira luso-moçambicana, o primeiro-ministro garantiu que o encontro não é uma forma de se afastar da realidade política nacional, até porque “a atualidade nacional é inesquecível e não há nenhum motivo para procurar esquecer”.
Para além disso, o líder do Executivo português fez questão de sublinhar o crescimento económico do país e a estabilidade política que o país atravessa.
“Estamos a crescer do ponto de vista da economia, há muitos anos que não estávamos tão bem como estamos agora”, congratulou-se António Costa, para depois sublinhar que a situação política é “de uma estabilidade boa”. A única má notícia para o primeiro-ministro foi “não termos passado dos oitavos de final no Mundial”, rematou.
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