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Costa garante que não intervirá na escolha dos balcões da CGD a encerrar

A coordenadora do BE questionou hoje o primeiro-ministro sobre o que vai fazer o Governo para garantir a manutenção dos balcões da Caixa Geral de Depósitos, respondendo António Costa que não intervirá sobre a escolha em concreto.

Costa garante que não intervirá na escolha dos balcões da CGD a encerrar
Notícias ao Minuto

17:37 - 20/06/18 por Lusa

Política Primeiro-ministro

No debate quinzenal de hoje, na Assembleia da República, a líder bloquista, Catarina Martins, elencou 20 concelhos cujas "populações e autarcas foram apanhadas de surpresa com o encerramento de agências da Caixa Geral de Depósitos" (CGD).

"É também dever deste Governo, enquanto representante do acionista Estado, defender o interesse público e orientar a ação do banco estatal para esse interesse público e, até agora, nós ainda não ouvimos uma única palavra do Governo sobre estes encerramentos. A minha pergunta é o que é que vai fazer o Governo para garantir o interesse das populações e a manutenção dos balcões da CGD", questionou Catarina Martins.

Na resposta, António Costa começou por recordar que capitalização do banco público só foi possível com "uma autorização da Comissão Europeia e da DGcom [Direção-Geral da Concorrência] para que fosse realizada de acordo com condições de mercado", uma "matéria amplamente debatida aqui no parlamento", conhecendo todos "os remédios que foram impostos".

"Uma dessas medidas foi uma revisão da rede de balcões. Se em concreto é este balcão ou aquele balcão a encerrar, essa é uma matéria sobre a qual o Governo não intervém, nem intervirá porque temos o entendimento de respeitar a autonomia da gestão das empresas do Estado, limitando a nossa intervenção aquilo que é a sua intervenção estratégica", afirmou o primeiro-ministro.

Segundo Catarina Martins, em Vila Franca de Xira, Vila Pouca de Aguiar, Alenquer, Viana do Castelo, Viseu, Vila Real, Loures, Vila Nova de Gaia, Lisboa, Alenquer, Estarreja, Odemira, Castelo Branco, Barcelos, Santa Maria da Feira, Lamego, Aveiro, Oliveira do Hospital, Benavente e Seixal o que "está em causa é deixar populações inteiras, especialmente as mais isoladas, mais pobres e mais idosas, sem acesso a serviços bancários".

"Isto foi feito nas costas das populações, dos autarcas e do parlamento. Várias vezes pedimos a lista das agências a encerrar e os seus critérios à CGD e ao Governo e ela nunca foi entregue", criticou.

Na opinião da líder do BE, "o Governo recapitalizou a CGD e bem".

"Era o seu dever de acionista depois da irresponsabilidade do Governo de PSD e CDS. É verdade que o plano do anterior governo já previa o encerramento de balcões", disse ainda.

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