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Militares enfrentam populares "revoltados" em exercício

Militares apoiados pelos blindados Pandur enfrentaram hoje um bloqueio de estrada fictício, feito por populares "revoltados" numa serra de Murça, que serve de cenário a um exercício do Batalhão de Infantaria.

Militares enfrentam populares "revoltados" em exercício
Notícias ao Minuto

15:47 - 30/07/13 por Lusa

País Murça

O exercício “Dragão 13”, que termina quarta-feira numa cerimónia deverá presidida pelo Presidente da República, Cavaco Silva, envolveu 1.800 militares e cerca de 300 viaturas, onde se incluem 66 Pandur.

Em simultâneo decorre o exercício “Pristina132”, que culmina a o aprontamento dos 175 homens e mulheres que, em setembro, partem para o Kosovo.

Numa serra de Murça, os militares tiveram que enfrentar um bloqueio de estrada. Populares sérvios queriam impedir a passagem. Revoltados, gritavam palavras de ordem como “Aqui é Sérvia, aqui é Sérvia”,“daqui não saio, daqui ninguém me tira” ou “vai para a tua terra” e começaram a atirar água e farinha.

Face ao avanço das forças, os populares recuaram mas começaram a atacar com mais violência, arremessando pedras e a bater com paus nos militares.

Mais à frente, uma máquina teve que intervir para limpar as pedras e arames deixados na estrada. No meio dos confrontos, um soldado fica ferido e tem de ser evacuado.

O ataque foi encenado, mas serviu de treino de uma das situações mais complexas que a força nacional destacada no Kosovo pode vir a enfrentar. A mesma situação já foi vivida em 2011, por militares portugueses destacados naquele teatro de operações.

“A força é a última a utilizar. Recorremos à gradação da força. Enquanto não houver indícios de alta violência nós simplesmente estamos, marcamos a nossa presença e vamos tentando avançar”, explicou o tenente coronel Lúcio Gonçalves.

O capitão Sérgio Morais parte em setembro para o Kosovo pela segunda vez.

“Desta vez, em termos de ameaça, é ligeiramente diferente, temos que estar preparados para manter a liberdade de movimentos e o ambiente estável e seguro no território”, salientou.

Depois do Afeganistão, o sargento Márcio Gonçalves segue para aquele país, onde diz que vai enfrentar uma realidade “um pouco diferente” e onde a “ameaça pode ser ligeiramente inferior”.

“Estou confiante porque temos feito um trabalho árduo, temos treinado seriamente e, como viram aqui, demonstramos que estamos preparados. Sendo este um dos cenários mais realistas daquilo que vamos encontrar no Kosovo”, frisou.

Acrescentou ainda que o treino “foi duro”. “Estamos mais do que preparados para garantir a liberdade de movimentos e a segurança no teatro”, garantiu.

O comandante da Brigada de Intervenção, o major general Aguiar Santos, referiu que o exercício, que decorre desde o dia 22 em Murça, Vila Real e Vila Pouca de Aguiar, culmina um ciclo de treino de um ano.

“Destina-se a preparar o comando da brigada para todas as ações de planeamento e controlo das situações táticas”, salientou.

Em Murça, onde instalaram a base de operações, os militares encontraram um cenário idêntico ao que poderão encontrar no teatro de operações kosovar.

E é, a partir destas bases, instaladas nas cidades e vilas reais, que as forças operam e desencadeiam operações de controlo de itinerários, segurança ou montagem de pontos de controlo.

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