Tavares quer Livre a apontar "via de saída" contra extrema-direita

O porta-voz do Livre Rui Tavares defendeu hoje que o partido deve "apontar uma via de saída contra a extrema-direita" e o autoritarismo, numa intervenção em que pediu aos congressistas que divergências internas não sejam "o assunto principal".

PORTO, PORTUGAL - 2024/01/27: Founder and deputy of the Livre party, Rui Tavares speaks to the press during the 13th party congress in the Auditorium of the Almeida Garrett Library at Palácio de Cristal, as part of the preparation and discussion of ideas

© Getty Images

Lusa
11/05/2024 20:56 ‧ 11/05/2024 por Lusa

Política

Livre

Estas posições foram defendidas pelo deputado e historiador numa intervenção no 14.º Congresso do Livre, que decorre até domingo no pavilhão municipal da Costa de Caparica, município de Almada (Setúbal), e na qual elencou as missões que o partido tem no futuro próximo.

Tavares insistiu numa ideia que já tinha deixado à entrada da reunião magna, de que o partido tem que estar "preparado para governar" e acrescentou como segunda missão "apontar uma via de saída contra a extrema-direita e contra o autoritarismo autoritário".

O deputado alertou que as pessoas estão assustadas com o crescimento do autoritarismo, do discurso de ódio e da violência "que já fez vítimas".

Rui Tavares voltou a criticar o Chega, que tem acusado o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, de "traição à pátria" e agendou para a próxima semana um debate de urgência no parlamento sobre "a situação provocada pelas declarações do senhor Presidente da República em relação à reparação histórica das ex-províncias ultramarinas". 

O historiador salientou que o atual chefe de Estado nem sequer foi apoiado pelo Livre e que o partido que agendou este debate "vem do campo politico" de Marcelo e "bajulou-o".

"Traição à pátria é estar a acontecer tudo o que está a acontecer no mundo e não ser falado na Assembleia da República", criticou.

O dirigente recuou ainda à governação de maioria absoluta socialista de António Costa, apontando que a crítica da falta de diálogo "enfiava que nem uma luva" ao anterior primeiro-ministro e deixou a mesma crítica ao atual primeiro-ministro, o social-democrata Luís Montenegro.

Tavares apontou que o país vive uma situação de "enorme ingovernabilidade" e questionou "onde é que está o futuro" no programa do Governo.

Numa intervenção fortemente aplaudida pelos congressistas, que empunharam bandeiras no final, Rui Tavares salientou perante os membros e apoiantes que "o Livre é um partido viável e tem também que ser fiável".

"O Livre tem que ter modos de funcionamento que estejam de tal forma afinados e que sejam adotados por todos nós, que não sejam o assunto principal, porque sabemos que quando são o assunto principal eles impedem-nos de estar a falar de todos os outros assuntos que importam", apelou, depois de vários congressistas terem manifestado divergências quanto ao funcionamento dos órgãos e um processo polémico de primárias na escolha do cabeça de lista às eleições europeias, Francisco Paupério.

A nível interno, o dirigente salientou que o partido "não tem primárias abertas por acaso" e que elas "não caíram do céu".

Também fez referência às candidaturas à Assembleia, órgão máximo entre congressos, para o qual qualquer membro do Livre se pode candidatar e cujas candidaturas estão afixadas numa das paredes do pavilhão municipal.

"Este partido tem um mural de candidatos que não tem que pedir licença a ninguém. Fomos nós que inventámos isto", enalteceu.

[Notícia atualizada às 21h11]

Leia Também: Livre quer plano para habitação acessível e salário mínimo europeu

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