Livre "tem de estar preparado para governar", afirma Rui Tavares

O deputado do Livre e recandidato à direção, Rui Tavares, defendeu hoje que o partido tem que passar "de médio a grande" e estar "pronto para governar" num próximo ciclo, deixando 'farpas' a vários adversários políticos.

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Lusa
11/05/2024 16:07 ‧ 11/05/2024 por Lusa

Política

Livre

"As Legislativas podem ocorrer antes das autárquicas ou depois. O que é que o Livre tem que ter? Tem que estar preparado para governar. Ou seja, tem que passar de ser um partido que é de projeto e de proposta, que sempre fomos, mas de implementação, de poder e de governação. E isso é um trabalho que a nos dá uma responsabilidade muito maior", considerou Rui Tavares.

O deputado e fundador chegou ao 14.º Congresso do Livre, que decorre até domingo na Costa de Caparica, em Almada, já depois de os trabalhos da manhã, nos quais não esteve presente.

"O que não faz falta a nenhuma pessoa de norte a sul do país e ilhas, o que não tapa um buraco na rua, é discutir se passado 900 anos de História o chefe de Estado é traidor à pátria, como se tivesse entregado as Selvagens às Canárias", defendeu, numa crítica ao líder do Chega, André Ventura, que tem acusado o Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, de "traição à pátria".

Rui Tavares defendeu que o partido tem que estar preparado para "uma mudança de ciclo governativo" e, "além de ter passado de partido pequeno para partido médio, agora tem que passar de partido médio para partido grande", algo que considerou possível.

O deputado acusou também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de estar numa "campanha permanente" e dizendo que atualmente "não há governo".

Num outro momento das suas declarações, Rui Tavares deixou ainda 'farpas' aos cabeças de lista às eleições europeias de junho da Aliança Democrática (AD), Sebastião Bugalho, e do Chega, António Tânger Corrêa.

"Não temos como há aí listas em que o cabeça de lista é putinista e depois o número dois anda a dizer que o que ele disse de antissemita não é antissemita. Ou gente que aprendeu a falar sobre a Europa há poucos dias ou que já disse que a União Europeia era a maior inimiga da União Europeia e que agora é o melhor amigo da Europa. Ou gente que nunca teve muita certeza se era mais nacionalista ou menos nacionalista na sua família política", atirou.

Interrogado sobre a polémica das primárias na eleição do cabeça de lista para as europeias, Francisco Paupério, que gerou algumas discórdias internas, Rui Tavares respondeu que este é um processo que vai ser afinado "a seu tempo", sem abdicar dos seus princípios de abertura à sociedade.

Sobre se Francisco Paupério tem a sua confiança política, Rui Tavares respondeu várias vezes que "o Livre é um partido que forma equipas", enumerando os vários candidatos na lista.

Instado a responder se tem confiança política exclusivamente no cabeça de lista, após algumas insistências, Tavares respondeu que sim, sublinhando logo de seguida que deposita a sua confiança "numa equipa" que "tem que saber liderar e trabalhar em conjunto".

À entrada para o congresso, entre várias abordagens, Rui Tavares cruzou-se com Francisco Paupério e cumprimentou-o com um abraço.

Paupério venceu as primárias com uma quantidade significativa de votos únicos de não militantes do partido, o que levou a Comissão Eleitoral a levantar dúvidas sobre uma eventual "viciação de resultados" na primeira volta e a propor que apenas militantes votassem na segunda volta -- algo que acabou por não acontecer.

Neste congresso, que vai eleger os órgãos nacionais para 2024-2026, o dirigente é recandidato à Assembleia do Livre, órgão máximo entre congressos.

"Teremos a responsabilidade de manter o partido unido, sempre vendo a pluralidade como positiva, e reforçar a participação ativa das pessoas, envolvendo-as nos processos internos e externos do Livre", lê-se na sua candidatura.

[Notícia atualizada às 16h57]

Leia Também: Paupério garante ter apoio do Livre e diz que partido vai refletir

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