Relatório de Tancos "existe" e Expresso assegura ter mais informações
Pedro Santos Guerreiro, diretor do Expresso, esteve no Jornal da Noite da SIC onde falou sobre a manchete da edição do último sábado do semanário.
© iStock
País Diretores
'Relatório das secretas sobre Tancos arrasa ministro e militares’, escreveu o semanário Expresso na manchete do último sábado.
O relatório em causa terá nascido no seio da rede militar de informações, segundo o semanário, mas acabou por ser desmentido, com o Estado-Maior General das Forças Armadas a esclarecer que o relatório não existe.
A notícia, que surge numa altura em que decorrem as campanhas para as eleições autárquicas, foi também alvo de atenção política. António Costa afirmou desconhecer "em absoluto" o documento, não querendo comentar no detalhe o assunto "no meio de uma campanha eleitoral". Passos Coelho, por seu lado, ironizou dizendo que era preciso “comprar o Expresso ao sábado para saber o que se passa” em diferentes matérias relativas ao Estado.
Pedro Santos Guerreiro, diretor do Expresso, marcou presença no telejornal da SIC na última segunda-feira para comentar o caso, defendendo que “atribuir intenções ao Expresso é um truque fácil” e adiantando que a próxima edição do Expresso (que sairá na sexta-feira, devido às eleições autárquicas do próximo domingo) trará mais informações sobre o tema.
“Este relatório existe. Está aqui o relatório”, afirmou o diretor do Expresso em referência ao documento que tinha consigo e sobre o qual relembrou que terá sido elaborado entre 6 e 22 de julho, já após o desaparecimento de material militar em Tancos.
O documento de 63 páginas “é um relatório que, nascendo na rede militar de informações, circulou por vários gabinetes militares”, realçou o jornalista.
“O Expresso não está a veicular ajustes de contas nenhum” dentro do próprio Exército, afirmou ainda Pedro Santos Guerreiro quando questionado sobre a matéria, acrescentando ainda que “os serviços secretos de informação tratam de muita informação secreta” mas também de “informação que, entre aspas, não existe, e isto também faz parte do seu trabalho”.
“O Expresso nunca disse que este relatório é oficial nem final”, salientou ainda, lembrando também que, passados mais de dois meses desde o desaparecimento do material, ainda não houve detenções, nem nenhuma parte do material foi recuperado.
Já esta terça-feira, e numa publicação na rede social Facebook onde aproveitou para corrigir um lapso cometido durante a sua participação no telejornal, o diretor do Expresso voltou a reafirmar que o relatório, tal como o desaparecimento de material militar em Tancos, “não é invenção”. “Invenção são as especulações políticas sobre intenções das notícias”, defendeu.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com