Português em Estocolmo: Ruas desertas, sirenes e helicópteros a sobrevoar
Português que vive na capital sueca há cinco anos relata o ambiente de apreensão que se vive na cidade.
© Reuters
País José Faria
Estocolmo foi esta sexta-feira palco de um ataque. O modus operandi é semelhante ao de outros atentados que vimos em espaço europeu nos últimos anos: um camião abalroou pessoas que circulavam em pleno centro da cidade. Há pelo menos três mortos já confirmados pelas autoridades.
José Faria trabalha numa agência de publicidade que se encontra a menos de 10 minutos a pé do local do ataque. Neste momento está no escritório com vários colegas apreensivos a tentarem perceber pelas televisões o que se está a passar. “Está tudo a pensar como vai para casa”, conta por telefone ao Notícias ao Minuto.
Da janela do escritório veem uma rua deserta, ouvem-se sirenes e há helicópteros a sobrevoar a cidade. No Twitter, a Polícia de Estocolmo tem pedido às pessoas que evitem dirigir-se ao centro da cidade e que, se possível, permaneçam em casa. Há comboios com passageiros a sair da cidade mas que, quando regressam, voltam já vazios: o objetivo é que a confusão seja a menor possível nesta fase.
José Faria, que estudou, trabalha e vive em Estocolmo há cinco anos, conta-nos que o ambiente ali é de "receio". Alguns dos seus colegas estavam na rua na altura do ataque e a polícia pediu-lhes que voltassem para trás.
Um colega de José Faria em particular namora com uma mulher que trabalha nos escritórios da H&M. Os escritórios da gigante do retalho sueca são ao lado do local do ataque. Os trabalhadores que estavam na empresa ficaram nos escritórios a pedido da polícia.
Enquanto as dúvidas subsistem, José Faria conta-nos da reação do CEO da sua empresa, um homem de origens árabes que chegou à Suécia ainda refugiado. Temendo que o ataque venha a ser relacionado com extremismo islâmico, não é a sua história de integração e sucesso que será conhecida, acredita, mas sim a daqueles “parvalhões”.
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