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Operação Marquês. Novo adiamento da acusação à vista?

Henrique Granadeiros e Zeinal Bava, antigos gestores da Portugal Telecom, foram ontem constituídos arguidos num processo que já se alonga desde que Sócrates foi detido, em novembro de 2014.

Operação Marquês. Novo adiamento da acusação à vista?
Notícias ao Minuto

08:25 - 25/02/17 por João Oliveira

País Justiça

Faltam pouco mais de duas semanas para que as investigações ao processo da Operação Marquês, que envolve – entre outros – o ex-primeiro-ministro José Sócrates, pudessem, ao fim de mais de dois anos, chegar ao fim e eventualmente traduzir-se em acusações formais.

No entanto, este prazo, apontado para meados de maio deste ano, estabelecido pela Procuradoria-Geral da República, pode novamente vir a ser alargado.

Isto porque, durante a tarde da passada sexta-feira (24), Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, antigos gestores da Portugal Telecom, foram constituídos arguidos neste processo, ambos por suspeitas “da prática de factos suscetíveis de integrarem os crimes de fraude fiscal, corrupção passiva e branqueamento".

É de recordar que este passo judicial surge alguns meses depois das buscas feitas às residências dos dois ex-gestores da PT, ordenadas pelo Ministério Público. Em causa estariam as alegadas 'luvas' pagas a José Sócrates pelo Grupo Espírito Santo e que teriam a ver com negócios que envolviam a PT.

De acordo com o que havia sido noticiado na altura, no caso de Bava, este teria recebido cerca de 18 milhões de euros do chamado ‘saco azul’ do Grupo Espírito Santo, informação essa que o próprio confirmou, alegando ter-se tratado de um empréstimo para comprar acções, mas que acabou por não ser usado e, por isso, devolvido no início de 2016.

A tese de um novo adiamento do prazo estabelecido para a formalização de uma acusação aos arguidos ganha mais força se considerarmos que, dois dias antes, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) rejeitou um recurso de José Sócrates relacionado com "prazos e procedimentos" da Operação Marquês. Duas semanas antes, o antigo primeiro-ministro deu até uma conferência de imprensa onde deu conta da sua intenção em processar o Estado por violação dos prazos máximos legais do inquérito da Operação Marquês.

Feitas as contas, os arguidos deste processo, que antes eram 18, passam agora a 20. Além de Sócrates, Bava e Granadeiro, são ainda arguidos o ex-ministro socialista Armando Vara e a filha; Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro; Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena; João Perna, antigo motorista do ex-líder do PS; Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma; Inês do Rosário, mulher de Carlos Santos Silva; o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Helder Bataglia.

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