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Distribuição de cabazes é boa medida, mas deixa carenciados de fora

A Fundação AMI congratulou-se hoje com a distribuição de cabazes alimentares através do Fundo Europeu de Auxílio às Pessoas Mais Carenciadas (FEAC), mas advertiu que irão ficar de fora desta medida muitas pessoas em situação de carência.

Distribuição de cabazes é boa medida, mas deixa carenciados de fora
Notícias ao Minuto

17:55 - 24/01/17 por Lusa

País AMI

A diretora do Centro Porta Amiga de Almada da Fundação AMI, Maria da Luz Cachapa, comentava desta forma, à agência Lusa, o anúncio do Governo de querer substituir o modelo de cantinas sociais pela distribuição de cabazes alimentares aos mais carenciados, recorrendo a este fundo comunitário.

Segundo a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, cerca de 60 mil pessoas vão receber cabazes alimentares, que integram na sua composição carne, peixe e legumes congelados, com o objetivo de cobrir as suas necessidades nutricionais diárias em 50%.

"Quando vi estas notícias fiquei um pouco alarmada por considerar que são poucas pessoas que vão beneficiar deste apoio", disse Maria da Luz Cachapa, considerando que o número de beneficiários "fica muito aquém das reais necessidades dos portugueses"

Segundo a responsável, haverá muitas situações de pessoas que auferem um pouco mais do que está previsto na lei para poderem integrar o FEAC, na ordem dos 200 euros, mas que "são carenciados e precisariam com urgência deste apoio".

"Quando falamos de 200 euros por mês falamos de valores muito baixos. É muito difícil sobreviver" com este valor, frisou.

O FEAC, que substituiu o Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados, apoiou mais de 400 mil portugueses em 2015, mas não foi distribuído em 2016.

"No ano passado não tivemos FEAC e sentimos uma grande dificuldade, porque as pessoas precisavam dos alimentos e as instituições tinham muito menos para dar do que era habitual, comparado com os anos anteriores", disse a responsável, considerando que o retomar do fundo "é uma medida extremamente importante".

"O retomarmos este apoio para a população será uma resposta bastante benéfica, porque permite às famílias cozinharem nas suas casas e isso é muito importante", principalmente para as crianças porque lhes dá a "noção de famílias e de partilha efetiva", defendeu.

Por outro lado, vai haver uma alimentação equilibrada em termos de peixe, de carne, de laticínios, legumes que o fundo comunitário não tinha nos últimos anos, sublinhou

Com esta medida, "há toda uma história familiar que é respeitada, um estilo alimentício que é respeitado e isso é muito bom para a convivência familiar".

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