Santana defende contingentação. "Taxistas têm condições muito fracas"
Manifestação dos taxistas que condicionou a circulação esta segunda-feira vai repetir-se dentro de uma semana, junto ao Palácio de Belém.
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País Manifestação
Santana Lopes disse entender, no dia que se seguiu à manifestação de taxistas em Lisboa, que o setor dos táxis está “economicamente débil” e que os seus profissionais “têm condições muito fracas”.
Recordando que a concorrência chegou antes de a Uber e Cabify se instalarem em Portugal, com os tuk tuk, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa salientou que os taxistas “não se modernizaram, em parte, porque a escassez de meios para investimento não o permitiu”.
Na ‘Edição da Noite’ da SIC Notícias, Santana Lopes manifestou-se a favor da contingentação dos veículos das plataformas de transporte privado, por entender que o Governo deve proteger aquele que é um serviço público.
“Quando tomou posse, o Governo disse que não aceitava a privatização de transportes públicos em Lisboa e no Porto. E nos táxis abre-se a concorrência, pode vir quem quiser e o setor fica entregue a si próprio?”, questionou, sem deixar de lembrar que os taxistas são “sujeitos a medidas ditadas pelo Estado”.
Diferentemente pensa António Vitorino, também com presença assídua às terças-feiras na antena da SIC Notícias. O socialista considera que “há limites à comparação” da atividade dos táxis e das plataformas de transporte e que este se trata do “primeiro fenómeno em Portugal de economia colaborativa, que se vai alastrar a outros setores”.
“Atividades deste género têm de ter regras, nomeadamente no que toca à formação dos taxistas, garantias de segurança dos veículos e proteção dos clientes”, afirmou, manifestando-se contra a contingentação dos carros da Uber e Cabify a circular em Portugal.
“É uma forma de proteção do valor dos alvarás dos táxis em funcionamento, porque assim o seu ativo fica depreciado . Mas é uma contingência do funcionamento do mercado”, justificou.
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