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Defesa de Rúben não exclui indemnização, mas "estratégia não mudou"

Advogado de jovem agredido em Ponte de Sor explica ao Notícias ao Minuto que uma eventual indemnização não muda a forma como o crime será tratado pela Justiça.

Defesa de Rúben não exclui indemnização, mas "estratégia não mudou"
Notícias ao Minuto

17:00 - 02/09/16 por Carolina Rico

País Ponte de Sor

A defesa de Rúben Fonseca, o rapaz de 15 anos violentamente agredido pelos filhos do embaixador iraquiano, em Ponte de Sor, não exclui a hipótese de vir a pedir que o jovem seja ressarcido por ofensas à integridade física no futuro, mas essa não será a base de nenhum acordo entre as duas partes.

“Não há aqui nenhuma mudança de estratégia. A minha posição continua a ser rigorosamente a mesma”, garante o advogado da família, Santana-Maia Leonardo, em declarações ao Notícias ao Minuto.

Um acordo que parta de uma indemnização “não é uma estratégia da defesa e também não partiu da outra parte”, da família do embaixador iraquiano, que, garante, só falou com o advogado “para saber o estado de Saúde do Rúben”.

Tal pedido é até “irrelevante”. Este trata-se de um crime público, um homicídio qualificado na forma tentada, pelo que não pode ser resolvido por acordo entre as partes.

“Não há qualquer possibilidade de avançar com um pedido de indemnização”,  pelo menos enquanto o processo estiver dependente do levantamento da imunidade diplomática dos gémeos de 17 anos. 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros solicitou há oito dias à embaixada do Iraque o levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador e já hoje reiterou a urgência que há na obtenção de uma resposta.

“Rúben sofreu lesões graves é natural que queira ser ressarcido”, admite o advogado, pelo que não se exclui um pedido de indemnização quando for conhecida a “extensão dos danos”.

Para já está a “evoluir favoravelmente e a recuperar todas as suas faculdades. É possível que rapidamente venha a ter alta”, refere ainda Santana-Maia Leonardo.

Rúben Cavaco continua internado no Hospital Santa Maria, em Lisboa. Ainda não foi, segundo o seu advogado, interrogado pela Polícia Judiciária sobre as agressões na madrugada de 17 de agosto. 

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