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JPP critica atuação da Proteção Civil na Madeira
O partido Juntos pelo Povo (JPP) considerou hoje, na Madeira, que houve falhas de "extrema gravidade" na atuação da Proteção Civil durante os incêndios e que os meios existentes na região para combater os fogos "são escassos".
© REUTERS
País Partidos
"Houve falhas de extrema gravidade", pelo que o partido pondera requerer uma comissão de inquérito parlamentar sobre a atuação da Proteção Civil, disse o deputado do JPP, Élvio Sousa, durante uma visita às zonas afetadas pelo fogo, na ilha da Madeira.
O parlamentar regional do JPP considerou também ter "ficado demasiadamente óbvio que, apesar do esforço estoico dos bombeiros, dos guardas florestais, militares, PSP, GNR, cidadãos voluntários, os meios existentes na região são escassos para a dimensão da calamidade".
A Proteção Civil regional, considerou, "perdeu a confiança do povo madeirense" perante o desempenho durante os fogos.
Élvio Sousa adiantou que é preciso colocar em prática um processo de recuperação "rápido e célere", para que os desalojados possam regressar às suas habitações "dentro de duas a três semanas".
O deputado declarou que o partido vai colaborar no processo de recuperação e que, "infelizmente, o Governo Regional [está] mais preocupado com questões secundárias do que com a realidade dos factos".
O Partido Trabalhista Português (PTP) também anunciou hoje a apresentação de uma proposta de audição parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira, para apurar as responsabilidades relacionadas com o alegado lançamento de fogo-de-artifício numa festa privada, na Quinta da Pinheira, no Estreito de Câmara de Lobos, a 08 de agosto, dia em que deflagraram os incêndios na ilha.
Alegadamente, refere o partido, na festa estava o comandante dos Bombeiros da Corporação de Câmara de Lobos, numa altura em que a Polícia de Segurança Pública (PSP) havia proibido, até ao dia 15 de agosto, qualquer tipo de espetáculos pirotécnicos devido aos incêndios e às condições climatéricas.
Os incêndios que assolaram a Madeira na semana passada, afetando sobretudo o concelho do Funchal, deixaram um vasto rasto de destruição e fizeram três mortos, um ferido grave e centenas de desalojados.
O presidente do Governo Regional da Madeira afirmou na segunda-feira que as 148 pessoas que ainda se encontram no Regimento de Guarnição 3 (RG3) serão todas realojadas provisoriamente a partir de hoje.
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