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Convento da Graça será "uma das maiores recuperações de património"

O vereador da Estrutura Verde da Câmara Municipal de Lisboa afirmou hoje que a restauração do Convento da Graça, com vista à abertura ao público, é "uma das maiores recuperações de património" dos últimos anos na cidade.

Convento da Graça será "uma das maiores recuperações de património"
Notícias ao Minuto

15:12 - 28/07/16 por Lusa

País Lisboa

"Esta será uma das maiores recuperações de património em Lisboa nos últimos anos", afirmou José Sá Fernandes durante uma visita ao espaço, advogando que constituirá "um ganho absolutamente extraordinário para a cidade, em termos de património e história".

A abertura deste espaço ao público está prevista para "fevereiro do próximo ano [2017], a tempo da procissão do Senhor Jesus dos Passos da Graça", referiu o autarca.

Segundo o vereador, o objetivo é o de "as pessoas poderem passear, meditar, sentarem-se a ler, estarem com a família", tendo acesso facilitado a este "refúgio com jardim".

"Não vai ser preciso fazerem nada, só vir" durante o horário de funcionamento da igreja e "respeitando os momentos em que estiverem a decorrer missas ou cerimónias", apontou.

As intervenções incidirão sobretudo em "limpeza, iluminação e arranjo" do chão, do jardim interior (onde serão colocados bancos) e das várias salas.

Na semana passada, o executivo da Câmara Municipal de Lisboa aprovou, por unanimidade, a celebração de um protocolo entre o município, a Fábrica Paroquial da Freguesia de Santo André/Graça e a Real Irmandade de Santa Cruz e Passos da Graça com vista à criação de um novo acesso público na Igreja e Convento da Graça.

Juntamente com o arranjo do Passo do Terreirinho da Irmandade da Santa Cruz e Passos da Graça, também ele degradado, o investimento camarário será de 420 mil euros.

A entrada será feita pelo Largo Sophia de Mello Breyner (antiga portaria/capela), "onde eram recebidas as pessoas que quisessem visitar os frades do convento", indicou o secretário paroquial Miguel Silva, que acompanhou a visita.

O percurso começaria então nesta sala, que atualmente se encontra degradada e sem iluminação, mas onde ainda são visíveis "florões com nomes de terras conquistadas" pelos portugueses na época dos Descobrimentos.

Seguindo depois para a Sala do Capítulo - que serviu de refeitório e depois de creche, até há um ano - o visitante encontra as paredes forradas a azulejos azuis e brancos, "dos primeiros a serem pintados em Lisboa e que contam martírios dos frades que foram para o Oriente", aponta o vereador.

Esta sala, que dá acesso ao claustro e ao jardim interior do convento, exibe ainda cinco conjuntos de namoradeiras em pedra junto às janelas.

A visita continua depois para a portaria que dá acesso à sacristia, um dos elementos que sobreviveu ao terramoto de 1755, e que está "emoldurada" de azulejos onde se leem as palavras "magnificência", "liberdade" e "misericórdia".

Os visitantes poderão ainda subir ao primeiro andar da Igreja da Graça, onde é possível encontrarem a imagem do Senhor dos Passos, e ter uma vista abrangente do interior.

"Esperamos também abrir a porta para o jardim" da Cerca da Graça, acrescentou José Sá Fernandes.

Já no final da visita, o secretário paroquial assegurou que "há imensa gente que mora na zona e não conhece, não sabe que isto existe", acreditando que "quando as pessoas entrarem vão ficar de boca aberta".

Miguel Silva indicou também que "existem ligações subterrâneas" a outros conventos da capital, e "possivelmente um túnel até ao Castelo".

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