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Embaixada em Maputo em contacto com Lusa após notícias de valas comuns

O Governo português garantiu existir contacto próximo entre a embaixada em Moçambique e o delegado da Lusa em Maputo, após ameaças de responsáveis políticos moçambicanos na sequência de notícias sobre valas comuns naquele país.

Embaixada em Maputo em contacto com Lusa após notícias de valas comuns
Notícias ao Minuto

22:57 - 25/07/16 por Lusa

País Governo

Numa resposta a perguntas do Bloco de Esquerda (BE) a propósito "de uma ameaça de processo do Estado de Moçambique contra a agência Lusa", depois da divulgação de notícias sobre a existência de valas comuns no centro do país, o Ministério dos Negócios Estrangeiros diz estar a acompanhar a informação veiculada e manter "contacto regular e próximo entre a embaixada ou consulado-geral de Portugal em Maputo e o delegado da Lusa em Moçambique".

A embaixada de Portugal naquele país "efetuou uma diligência junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique frisando a necessidade de se evitar qualquer tipo de limitação à liberdade de imprensa", refere ainda o ministério liderado por Augusto Santos Silva.

Por outro lado, o Governo "tem notado a importância de o governo de Moçambique efetuar averiguações e prestar esclarecimentos sobre a eventual existência de valas comuns na zona centro do país", acrescenta o Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

O BE pretendia saber se o Governo tinha conhecimento da situação e se foi contactado pelas autoridades moçambicanas sobre o assunto, com que meios pensava defender os colaboradores da Lusa naquele país e se colocava a hipótese de "instar, pelos meios diplomáticos próprios, o governo de Moçambique a esclarecer internacionalmente tudo o que se relaciona com a existência das valas comuns noticiadas pela agência".

O Ministério da Cultura, que tutela a Lusa, também respondeu ao BE e refere que "o Governo tem conhecimento da situação e entende que a agência, no cumprimento da sua missão de serviço público, veiculou a notícia em causa segundo critérios de isenção, rigor, independência e respeito pelo pluralismo".

Assim, "considera não serem necessários mais esclarecimentos, para além dos já prestados pela própria agência de notícias".

A 28 de abril, a Lusa noticiou a existência de uma vala comum com mais de 100 corpos na Serra da Gorongosa, no centro de Moçambique, denunciada por camponeses, assunto que levou a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade, do Parlamento de Moçambique, a convocar o delegado e um colaborador da agência, em Moçambique para prestar declarações.

Na sua pergunta ao Governo, o BE refere que no seguimento deste assunto houve "uma ameaça de processo do Estado de Moçambique contra a agência Lusa", o que considerou "absolutamente anormal para um regime que se quer democrático e as ameaças à Lusa são inaceitáveis".

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