"Não quero que as pessoas gostem de mim. Só exijo que sejam justas"
Carlos Cruz deu a sua primeira entrevista desde que se encontra em liberdade condicional.
© Global Imagens
País Carlos Cruz
Foi em casa, num ambiente intimista, e com um colega de profissão que decorreu a primeira entrevista de Carlos Cruz desde que saiu em liberdade condicional.
Manuel Luís Goucha, do programa ‘Você na TV’, perguntou a Carlos: “Não te arrependes de nada?”. A resposta do homem acusado de pedofilia no âmbito do processo Casa Pia foi taxativa. “Absolutamente nada”.
Carlos Cruz diz-se “traído” ao longo da vida. “Muitas vezes, mesmo muito antes do processo Casa Pia”. A sua reação foi sempre ignorar. A vingança não é valor que tenha na sua vida, diz.
“Não era um alvo prioritário para abater, nem para abater de forma isolada, mas a partir do momento em que houvesse uma oportunidade, em que me pudessem encaixar”, tornou-se “um alvo a bater”, explica o homem que o público português conheceu no pequeno ecrã e que há mais de uma década se vê associado ao processo Casa Pia.
"Quem o quis abater?", pergunta Luís Goucha. “As pessoas que julgavam que eu tinha o poder e que queriam ocupar o lugar que eu ocupava”, respondeu Carlos Cruz.
“Há o poder profissional” - e era neste contexto que era um alvo a abater – e “o poder político”, explica. Mas deste último Carlos Cruz afasta-se. “Nunca fui incómodo para o poder político, mas também nunca foi colaborador do poder político”.
“Prejudicaram a minha vida? Sim. Deram cabo da minha vida? É um termo demasiado radical. Não deram, não dão. Não são capazes de dar porque a minha vida sou eu, não o que os outros querem”, afirma. “Não quero que as pessoas gostem de mim. Só exijo é que sejam justas comigo”.
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