Relatório responsabiliza ensaio clínico da BIAL por morte de voluntário
O laboratório português está a ser responsabilizado pelo incidente a 17 de janeiro.
© Reuters
País Laboratório
A morte de um voluntário francês no ensaio clínico de uma molécula do laboratório português Bial, em Rennes, já foi sujeita a análise.
Segundo a conclusão do relatório final do Comité Científico Especializado Temporário (CSST), elaborado pela Agência Nacional da Segurança do Medicamento francesa, a morte "está claramente relacionada com a molécula testada”.
O jornal francês Le Monde avança que o documento aponta críticas diretas ao laboratório português e ao francês Biotral, que efetou o teste. O incidente ocorrido a 17 de janeiro levou a que o voluntário acabasse por falecer e outros cinco ficassem com sequelas neurológicas severas.
O relatório explica que a Bial forneceu informação com “grande número de erros, imprecisões, inversões de números, ou tradução errónea dos documentos, tornando a compreensão difícil em vários pontos”.
Os relatores falam ainda do caráter “surpreendente” das falhas num documento com tal “importância regulamentar” e que “os dados transmitidos não continham informações, nomeadamente no plano toxicológico, de natureza a fazer temer por um risco particular aquando da primeira administração no homem”.
O medicamento “não podia, à priori, ser considerado um produto de risco mas havia necessidade de testar a molécula em quatro espécies diferentes e na vítima a progressão foi demasiado rápida.
Os peritos concluem ainda que “a sintomatologia apresentada pelos voluntários só pode estar ligada à dose de Bia 10-2474 que lhes foi administrada de forma diária e repetida”.
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