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Lula da Silva era o candidato presidencial mais forte, lembra Louçã

Francisco Louçã comentou a situação de crise política que se vive no Brasil, esta noite de sexta-feira, na antena da SIC Notícias.

Lula da Silva era o candidato presidencial mais forte, lembra Louçã
Notícias ao Minuto

23:18 - 18/03/16 por Anabela de Sousa Dantas

País Comentadores

Francisco Louçã começou por comentar esta noite de sexta-feira, no seu espaço da SIC Notícias, a situação de crise política que se vive no Brasil, dizendo que “é evidente que no sistema político brasileiro se generalizou um sistema de financiamento clandestino de campanha e de partidos com benefícios pessoais”.

Falando em específico da polémica em torno de Lula da Silva, o comentador indica que há um elemento político em todo o ruído judicial que se criou em torno do ex-presidente brasileiro.

“Quando olhamos com algum distanciamento para as acusações que lhe são feitas - que ele seria dono de uma propriedade que teria tentado comprar, mas que diz que desistiu de comprar e à qual só foi uma única vez com a sua família - a acusação parece muito frágil”, indicou Louçã.

“Lula da Silva, mesmo com a crise do governo de Dilma, mesmo com a crise do PT, mesmo com a perceção da corrupção muito generalizada, apesar de tudo isso, era o mais forte candidato nas próximas eleições presidenciais”, indicou.

No entender do antigo líder do Bloco de Esquerda, “não há na direita nenhuma figura com o alcance popular e com a expressão pública que Lula tem” e que, portanto, “esta intervenção judicial contra ele, sobretudo pelas características que teve, foi muito facilmente interpretado como um golpe judicial”.

Francisco Louçã recorda que Lula não foi convocado para depor mas detido para depor, algo que é contrário à lei brasileira, e recorda também que as escutas tornadas públicas eram ilegais e foram utilizadas por um juiz “que não tinha o direito de poder utilizar”.

“Entramos numa situação em que passou a valer tudo. E isso é a situação mais perigosa do ponto de vista democrático porque começam a desaparecer as regras de resolução dos conflitos políticos ou judiciais”, terminou Louçã.

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