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Cientistas de Coimbra ajudam a enfrentar riscos de incêndio na Suécia

A partilha de conhecimentos com a Suécia, onde um incêndio florestal matou duas pessoas em 2014, é um dos objetivos de um intercâmbio internacional que envolve investigadores da Universidade de Coimbra (UC), disse hoje um dos responsáveis.

Cientistas de Coimbra ajudam a enfrentar riscos de incêndio na Suécia
Notícias ao Minuto

11:26 - 15/03/16 por Lusa

País Intercâmbio

Com esse propósito, o Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) da UC, realiza em diferentes localidades da região Centro, entre hoje e sexta-feira, um programa em que participam cientistas e técnicos suecos ligados à temática dos incêndios.

O professor Domingos Xavier Viegas, diretor da ADAI, disse hoje à agência Lusa que a iniciativa, financiada pela União Europeia (UE), aposta na mobilidade e troca de experiências de peritos "para melhorar a colaboração de vários países" afetados pelos fogos florestais.

O programa em Portugal vem na sequência de outro idêntico realizado na Suécia, em abril do ano passado, no qual participaram técnicos e cientistas locais, além de portugueses e espanhóis.

"Esta iniciativa foi motivada por um incêndio de grandes proporções que destruiu cerca de 15 mil hectares na região de Sala, no centro da Suécia, em agosto de 2014, causando duas vítimas mortais", refere uma nota da ADAI.

Este grande incêndio "é encarado pelas autoridades suecas como uma indicação do futuro possível devido ao aquecimento global, tendo por isso motivado a tomada de diversas medidas de antecipação e de melhor preparação e equipamento para poder fazer face de um modo mais eficaz a eventos semelhantes", segundo Xavier Viegas.

O programa de intercâmbio começou na manhã de hoje, em Coimbra, e inclui outras localidades da região Centro "com interesse para a temática da investigação científica, da formação e da prevenção dos incêndios florestais em Portugal".

"Queremos dar a conhecer aos participantes suecos os procedimentos adotados em Portugal", afirmou aquele professor catedrático da Universidade de Coimbra.

Além de sessões temáticas, estão previstas visitas ao Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais, que a ADAI possui junto à pista de meios aéreos da Lousã, e ao polo da Escola Nacional de Bombeiros, também neste concelho do distrito de Coimbra.

O quartel dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, os centros de coordenação distrital de Coimbra e Viseu, a área de ensaios de campo da Gestosa (Castanheira de Pera) e a zona percorrida pelo grande incêndio do Caramulo (Tondela), em 2013, serão igualmente visitados pelos peritos dos três países.

Além dos técnicos suecos e da ADAI, participa na ação o engenheiro espanhol David Caballero, especialista em incêndios na interface urbano florestal.

A iniciativa é suportada financeiramente pelo Programa da Proteção Civil da UE, que visa promover "ações de colaboração internacional destinadas a melhorar a operacionalidade" de agentes de proteção civil europeus, designadamente através da "incorporação de conhecimentos e resultados" da investigação científica.

A ADAI conta com a colaboração da Autoridade Nacional de Proteção Civil, GNR, UC, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Escola Nacional de Bombeiros, Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra, câmaras municipais de Castanheira de Pera e de Tondela.

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