Promoção dos Direitos Humanos é combate que exige vigilância
A promoção dos Direitos Humanos é "um combate com avanços e recuos" que exige "vigilância permanente", defendeu hoje o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, na cerimónia de atribuição do Prémio Direitos Humanos 2015.
© Global Imagens
País Ferro Rodrigues
Ferro Rodrigues assinalou que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo 67.º aniversário se assinala hoje, "é a carta de princípios da República" e agradeceu aos premiados, a Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios e a Associação dos Deficientes das Forças Armadas.
Dois testemunhos de uma "atitude exemplar", nas palavras de Pedro Bacelar de Vasconcelos, presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, em cujo âmbito é constituído o júri do prémio.
Bacelar de Vasconcelos realçou o papel da Plataforma, lançada pelo ex-presidente Jorge Sampaio em 2013, que já trouxe cerca de 150 universitários sírios para estudarem em Portugal.
O programa da Plataforma tem "um duplo alcance", não só a solidariedade, mas o procurar olhar para além da guerra, disse o deputado, adiantando que o mesmo faz a Associação dos Deficientes das Forças Armadas, que há mais de 40 anos se empenha no apoio aos ex-combatentes vítimas da guerra colonial, sem esquecer a participação cívica na sociedade a que pertence.
O prémio Direitos Humanos atribuído à Plataforma foi recebido por Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, em nome do ex-presidente Jorge Sampaio, que não se encontra no país.
Monjardino destacou o facto de a "iniciativa humanitária pioneira" de Jorge Sampaio ter sido reconhecida numa altura em que os "valores republicanos estão a ser postos em causa", quer pelo terrorismo, quer pelo racismo.
"As democracias, porque são democracias, têm o dever de garantir asilo aos refugiados de uma guerra bárbara", disse, adiantando que é a "salvaguarda da honra da democracia" o que é devido a Jorge Sampaio.
O presidente da Direção Nacional da Associação dos Deficientes das Forças, o comendador José Gaspar Arruda, agradeceu o galardão e recordou a criação da organização, a 14 de maio de 1974, com o objetivo de ser "a força justa das vítimas de uma guerra injusta".
"Foi necessário lutar, mas não olhámos só para nós", disse Arruda, saudando, a propósito, a criação pelo atual governo da Secretaria de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência.
O responsável disse ainda que a Associação trabalha agora para que a Assembleia da República aprove uma "Carta Magna dos Cidadãos Militares com Deficiência".
Premiadas 'ex-aqueo', as duas organizações vão partilhar o prémio no valor de 25.000 euros. O prémio Direitos Humanos, que é sempre entregue na sessão comemorativa do Dia Nacional dos Direitos Humanos, é atribuído desde 1999 e galardoou o ano passado o Instituto de Apoio à Criança.
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