Expulso de Avante, acusa PCP de "tapar agressão homofóbica"
A edição deste ano do Avante tem suscitado questões sobre a segurança do evento, que, segundo o PCP, é feita por voluntários.
© Global Imagens
País Casos
A segurança da festa do Avante tem sido alvo de acusações de agressão. Em causa está uma história em particular, a de um galego que diz ter sido agredido e expulso do Avante por estar a beijar um homem. O PCP já respondeu em comunicado, condenado as notícias “difamatórias” e assegurando que em causa não estava um beijo mas sim a prática de sexo oral num local público.
Agora, ao jornal i, o galego de 34 anos nega a versão dos comunistas e assegura que estão a tentar “tapar uma agressão homofóbica”. Sobre a noite da alegada agressão, Manuel, um dos seis cidadãos que apresentaram queixa na polícia contra a segurança do Avante, assegura que foi agredido, além de levado à força para o interior de uma carrinha, onde foi amarrado.
Manuel garante que estava aos beijos e não a praticar sexo oral. E conta que quando foi confrontado pelos seguranças lhes perguntou se “existia alguma lei em Portugal que proíbe a troca de beijos”, já que “a proibição já é uma agressão”. Ao homem que estava consigo, “como não contestou nada, disseram-lhe para se pôr a correr se não queria que lhe acontecesse o mesmo”.
Mais tarde, conta ao i, diz que conseguiu tirar fotografias com o telemóvel, o que levou a que o voltassem a perseguir. Quando o apanharam, bateram-lhe “com ainda mais violência e gritavam” insultos, como “maricas”, além de ter ficado sem telemóvel.
No seu relato, Manuel conta ainda que a dada altura uma das pessoas que o agredia chegou a dizer aos restantes para pararem, por se tratar de um “camarada”, ao que alguém terá dito “não há camaradas paneleiros”.
O galego que foi expulso do recinto relata que os seguranças eram experientes porque “sabiam como bater sem deixar marcas”. Nessa mesma madrugada, ainda terá apresentado queixa no recinto. O PCP ficou de o contactar, algo que diz ainda não ter acontecido.
Manuel conta ainda que, como algumas fotos foram guardadas automaticamente na cloud, tem provas que já entregou à polícia, onde apresentou “queixa formal”.
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