"Terroristas não vêm em massa, radicalizam-se nos países"
Rui Machete, ministro dos Negócios Estrangeiros, defendeu, em entrevista ao Diário de Notícias, que os terroristas não entram nos países através da movimentação em massa, são antes radicalizados nesses países. Lembra, no entanto, que é necessário precaução.
© Reuters
País Rui Machete
Numa altura em que o tema do acolhimento de refugiados se torna cada vez mais sensível, muitas pessoas manifestam medo para com a entrada de cidadãos muçulmanos na Europa.
“Este discurso não tem lógica porque (…) o terrorismo entra na Europa não através de massas, entra através de indivíduos que se radicalizam nesses países, cá. Podem ser nacionais ou podem ser estrangeiros. Portanto, não há nenhuma ligação necessária”, esclarece Rui Machete, em entrevista ao Diário de Notícias.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ressalva, no entanto, que são precisas medidas de segurança.
“Agora é evidente que, até para que as pessoas fiquem tranquilas, é necessário tomar precauções para detetar a eventualidade de numa grande massa vir um ou outro que tenha ideias radicais”, indicou.
Quando questionado se os portugueses têm um espírito acolhedor ou desconfiado, Machete refere que já “tivemos alguns casos de acolhimento na nossa história” e lembra, por exemplo, a Segunda Guerra Mundial.
“A generosidade é uma coisa que eleva as pessoas”, indica o chefe da diplomacia portuguesa, sublinhando que o “homem é um ser desfalecente e, portanto, pode cometer ações que não são as mais dignas, mas o homem é capaz de gestos de grande generosidade que o enaltece”.
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