Crise social "é pano de fundo" do crime de Salvaterra de Magos
Daniel, o homicida de Salvaterra de Magos, possui um passado que poderia antecipar o seu comportamento, defende Daniel Sampaio.
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País Daniel Sampaio
Em entrevista na RTP Informação, o psiquiatra Daniel Sampaio, refere que o homicídio de Salvaterra de Magos é “uma situação extrema” e rara e que resulta da crise profunda pela qual estamos a passar.
“Ouvimos falar de crise, mas só em termos de números. Mas há uma crise psicossocial que desligou as relações familiares”, afirmou, referindo que esta crise social “é o pano de fundo” para aquilo a que se assistiu.
Em análise à atitude de Daniel, o jovem de 17 anos que matou um amigo de 14 anos e escondeu o corpo numa arrecadação, o médico refere que existe uma” história da relação que pode ajudar a explicar a situação”. Este lembra ainda que nada acontece por acaso e que existe um passado que poderia indiciar este comportamento.
“Sabe-se que estes jovens têm sinais muito precoces, por volta dos 7 anos, que mostram situações de desobediência e agressão na escola e que, mais tarde, na adolescência pertencem a grupos marginais. Há um trajeto. Esses atos extremos não acontecem de forma impulsiva. Há antecedentes”, afirmou o psiquiatra, referindo que Daniel possui “uma psicopatologia”.
Estes jovens, defende, devem ser alvo de “medidas preventivas”. “Há muito a fazer ao nível da família e da sociedade. E que não são caras. Que devem ser o mais precoces possíveis, antes da adolescência”, defende.
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