Superjuiz põe as suas contas em 'pratos limpos'
O juiz de instrução criminal de casos como a Operação Marquês, que colocou José Sócrates em prisão preventiva, foi alvo de acusações de corrupção por duas denúncias anónimas.
© Global Imagens
País Justiça
A vida de Carlos Alexandre não se tem revelado fácil, uma vez que tem tido em mãos casos mediáticos como o de José Sócrates.
De acordo com o jornal i, o superjuiz fez questão de expor a sua vida no Tribunal da Relação de Lisboa para se defender das acusações de corrupção e de violação de segredo de justiça de que é acusado em duas denúncias anónimas.
Assim, Carlos Alexandre revelou que o seu salário mensal é de quatro mil euros e o da mulher, responsável por uma repartição das Finanças, é de dois mil euros. E mais. O superjuiz que, em março viu o seu cão morrer envenenado, revelou ainda que dos rendimentos mensais da sua família fazem parte a reforma da sogra que vive com ele e rendas que advêm do arrendamento de imóveis da família, o que perfaz cerca de dois mil euros.
No total, o rendimento mensal da família é de oito mil euros, embora já tenha sido de dez mil.
Sabe o jornal i que Carlos Alexandre revelou ainda que tem uma conta na Caixa Geral de Depósitos em conjunto com a mulher e que ambos assinaram um documento em que proibiam a instituição bancária de aceitar qualquer depósito que não fosse proveniente dos ministérios da Justiça e das Finanças (salários) ou de reembolsos de comparticipações de entidades seguradoras ou da ADSE.
Esta medida, explicou, foi tomada para evitar quaisquer ‘armadilhas’.
O superjuiz disse também estar desconfiado de que está a ser espiado por uma organização secreta, tendo em conta as informações confidenciais que constam das denúncias anónimas entregues na Procuradoria-Geral da República.
“É uma espécie de garde à vue, própria de organizações secretas ou que, na prática, se comportam como tal”, disse citado pelo jornal Público.
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