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"É indispensável reforçar partilha de informação no combate ao terrorismo"

O deputado social-democrata Miguel Macedo considerou hoje "absolutamente indispensável" que se reforce, a nível nacional e internacional, a partilha de informações para prevenir e combater o terrorismo.

"É indispensável reforçar partilha de informação no combate ao terrorismo"
Notícias ao Minuto

14:24 - 24/04/15 por Lusa

País Miguel Macedo

Miguel Macedo falava no painel subordinado ao tema "Segurança Interna: quadro de ameaças" na I Conferência Nacional intitulada "Terrorismo - o desafio à segurança interna no século XXI", a decorrer desde quinta-feira no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa.

"Nesta luta não está nem pode estar em causa a competência de cada uma das instituições, e é absolutamente indispensável que haja uma reforço nacional e internacional ao nível da partilha da informação, que continua a ser uma área algo crítica", frisou Miguel Macedo.

Para o ex-ministro da Administração Interna do atual Governo, Portugal tem também que "apostar mais, de forma informada e planeada, nos meios tecnológicos e na formação" de modo a ter informação privilegiada neste domínio.

"Porque a análise de informação é crucial no combate ao terrorismo", argumentou.

Miguel Macedo deixou mesmo o desafio para que no futuro, e num âmbito de uma nova revisão da Constituição, se "revisite as funções e participação dos serviços de informação e a participação das Forças Armadas face ao risco de ameaça de terrorismo".

"A luta contra o terrorismo não é um combate breve, vai durar muito tempo e é um combate que apela à resiliência", disse.

Lembrou ainda que, à semelhança do que a União Europeia defende na estratégia europeia, o policiamento de proximidade continua a ser muito importante na luta contra o terrorismo.

"Hoje não temos fenómenos terroristas longe de nós. Com o avanço das tecnologias de comunicação, o terrorismo está mesmo ao nosso lado, eles espalham-se e são conhecidos à escala planetária, daí que as pessoas sintam também um aumento exponencial do risco de vulnerabilidade", acrescentou.

Para o ex-govenante, o fenómeno do terrorismo tem sofrido algumas transformações e as organizações terroristas nem sempre obedecem a uma estrutura rígida nem a organização piramidal como acontecia há uns tempos.

Lembrou ainda que, atualmente, o recrutamento para as organizações terroristas assenta em critérios de qualificações precisas e que esse é outro fator a ter em conta na luta contra o fenómeno.

O painel da manhã contou ainda com a participação do contra-almirante Gouveia e Melo, do coronel Francisco Rodrigues e do ministro da Saúde Paulo Macedo.

A secretária-geral do Serviço de Segurança e Informação (SSI), Helena Fazenda, e Júlio Pereira, secretário-geral do Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP) são dois dos oradores do painel da tarde, subordinado ao tema "Coordenação e partilha de informação".

"Políticas públicas de combate ao terrorismo: Uma visão dos partidos" é o último tema do seminário, que será encerrado pela ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.

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